Vítimas de queda de avião continuam internadas no Hugol

avião

Três vítimas do acidente causado por uma queda de avião permanecem internadas no Hospital Estadual de Urgências da Região Noroeste de Goiânia Governador Otávio Lage de Siqueira (HUGOL). O estado de saúde de todos é regular, de acordo com o boletim médico mais recente. Duas pessoas morreram e uma sobrevivente já foi liberada.

 

O piloto Roberto Junior continua hospitalizado é e considerado a testemunha principal para esclarecer o acidente. O engenheiro Winnicius Rodrigues também está recebendo cuidados médicos. Priscila Amaral chegou ao Hugol com quadro bastante grave e foi encaminhada à UTI, mas melhorou e agora recebe assistência em um quarto da unidade de saúde. Indira Maia foi atendida e liberada no dia do acidente.

 

Os donos da aeronave foram as vítimas fatais da tragédia. Os empresários e irmãos Bruno Rocha, de 38 anos, e Leonardo Rocha, de 43 anos, foram sepultados ontem, sexta-feira, 24, na cidade mineira de onde partiram para reunião de negócios em Goiânia. A tragédia que ocorreu na última quinta-feira, 23, ainda não teve os motivos esclarecidos. 

 

Técnicos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) vieram a Goiânia e coletaram parte da fuselagem e conversaram com parte das pessoas internadas. Ainda não há prazo para a conclusão da perícia. Os destroços do avião já foram retirados do local da queda.

 

O avião de pequeno porte decolou de Taiobeiras, no norte de Minas Gerais, rumo à capital goiana. A aterrissagem seria no aeroclube de Goiás, mas a aeronave caiu sobre um prédio com uma casa e um supermercado na Vila Mutirão 1. O bimotor foi fabricado em 1993 e estava regular de acordo com a Agência Nacional de Aviação (Anac), mas não tinha operação autorizada para realizar o serviço de táxi aéreo.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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