Vítimas que morreram em córrego buscavam salgados para vender, em Niquelândia

As cinco pessoas que morreram em um acidente de carro, em Niquelândia, Norte do estado, haviam saído para buscar salgados, a fim de vendê-los em uma feira livre da cidade, conforme a família das vítimas. No veículo estavam Joana Soares, a filha Ana Carla Soares da Silva, de 28 anos, além de uma prima da mulher e dois amigos. 

Todos os ocupantes acabaram morrendo após o carro cair em um córrego da região no domingo, 31.  Os corpos das cinco vítimas foram enterrados na manhã de segunda-feira, 1º, no município goiano.

“Elas vão deixar muitas saudades. Meu relacionamento com elas era muito bom e as duas eram pessoas maravilhosas. Estava casado com a Joana há 15 anos. Acredito que a Joana não viu o buraco e o córrego no fim da rua, porque era para ela ter virado no fim da pista, mas foi reto e caiu com o carro”, disse o esposo de Joana, Jerônimo Gomes dos Anjos, ao G1.

Acidente

O acidente aconteceu na Rua 9-A, no Setor Santa Efigênia. O Corpo de Bombeiros explicou que o córrego fazia uma curva e que a rua acompanhava essa curva. No entanto, ao trafegar, a condutora seguiu reto e caiu direto dentro do córrego, que é bem abaixo do nível da rua. Com o impacto da batida, duas pessoas foram lançadas para fora do veículo, segundo os bombeiros.

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Trabalhadores são resgatado em obra da BYD por condições análogas à escravidão

Resgate de 163 Trabalhadores na BYD em Camaçari por Condições Análogas à Escravidão

Na desta segunda-feira. 23, uma força-tarefa composta pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF) resgatou 163 operários da construtora terceirizada Jinjang, que trabalhavam na planta da BYD em Camaçari, na região metropolitana de Salvador, Bahia.

Os trabalhadores foram encontrados em condições análogas à escravidão, com alojamentos precários e falta de infraestrutura básica. Os alojamentos tinham camas sem colchões e apenas um banheiro para cada 31 pessoas. Essas condições impediam o descanso adequado, contribuindo para acidentes de trabalho devido ao cansaço e sonolência.

A força-tarefa interditou os alojamentos e trechos do canteiro de obras, proibindo os trabalhadores de continuar suas atividades até a regularização das condições de trabalho. Uma audiência virtual conjunta do MPT e MTE foi agendada para o dia 26 de dezembro para discutir as providências necessárias para garantir condições mínimas de alojamento e regularizar as irregularidades detectadas.

A inspeção, iniciada em meados de novembro, identificou quatro principais alojamentos, dois localizados na Rua Colorado e dois na Rua Umbus, no município de Camaçari. A BYD e a Jinjang foram notificadas e devem apresentar as medidas necessárias para garantir as condições de trabalho adequadas.

A BYD anunciou que já rescindiu o contrato com a empresa terceirizada após o resgate dos trabalhadores.

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