A viúva de Gal Costa, Wilma Petrillo, é acusada de golpes, assédio e ameaças, aponta a Revista Piauí. O veículo ouviu os amigos, ex-funcionários e um familiar da cantora, que afirmou que a ex-companheira teria causado a falência da artista.
O primeiro caso revelado foi do médico Bruno Prado. O profissional, que era próximo do casal, contou que Wilma lhe pediu emprestados entre R$ 10 mil e R$ 15 mil para realizar uma cirurgia nos olhos. No entanto, teve dificuldades para receber o valor de volta.
Após cobrar a devolução do dinheiro, Bruno contou que passou a ser chantageado por Wilma, já que é homossexual e ainda não tinha se assumido para os familiares. Ele ainda desabafou que após isso não recebeu mais convites para visitá-las e muito menos ingressos do show da artista. A partir disso, escreveu um e-mail para a cantora contando o que estava acontecendo e ela assumiu a dívida da companheira.
Mesmo após o pagamento, Wilma voltou a atormentar Bruno, e o ameaçou novamente. “Ela dizia coisas como: ‘Você não tem vergonha de pedir dinheiro para uma mulher mais velha, sua bicha?’”, recordou ele, que chegou a registrar um Boletim de Ocorrência contra ela na polícia. Ele ainda contou que ela chegou a dizer que ele levaria “uma surra tão bonita que vai aprender a respeitar os outros”.
Apesar da denúncia, Wilma não se deu por vencida. Bruno contou que, durante uma viagem a Nova York, nos Estados Unidos, a esposa de Gal entrou em contato com ele e disse que ‘conhecia gente que poderia dar um jeito nele’ por lá, pois morou na cidade. Com medo, o médico foi para outro estado. Após receber o pagamento devido, nunca mais falou com as duas.
De acordo com a revista, no círculo cultural de Salvador contavam casos sobre Wilma ter aplicado golpes em outras pessoas. E que a partir disso, amigos de Gal preferiam manter distância da empresária e esposa da artista.
Outra pessoa ouvida pela Piauí foi o produtor Ricardo Frugoli, que afirmou ter más recordações do tempo em que trabalhou com Wilma. Ele afirmou que Gal teria perdido contratos para apresentações na Europa por conta das atitudes da mulher.
“Durante muito tempo, fui o cara que não deixou a bomba explodir. Continuar ali era importante para protegê-la do que vinha acontecendo na carreira e dentro de casa”, afirmou ele, relatando que contou tudo para Gal, mas ela ainda ficou aborrecida com ele.
Ricardo contou também que havia muita intriga, acusações infundadas de furto e ex-funcionários com depressão por conta das humilhações sofridas nos bastidores. O ex-funcionário afirmou que, mesmo sofrendo bullying por parte da esposa de Gal, ficou trabalhando pela cantora. Assim como Bruno, o produtor também denunciou Wilma por ameaçá-lo e foi demitido poucos dias depois do registro.
Um ex-funcionário do casal descreveu o relacionamento abusivo entre Gal Costa e Wilma, caracterizado por discussões, ofensas e até agressões. Uma briga ocorrida em 2015 foi mencionada, na qual Wilma insultou Gal, questionando suas habilidades empresariais e dizendo que ela não era mais contratada por ser uma “velha”. A matéria também mencionou que Sonia Braga teria sido vítima de um golpe de Wilma, levando ao afastamento da amizade entre elas.
O irmão de Gal, Guto Burgos, revelou que foi afastado da convivência com a cantora em 1997. Ele lamentou a perda de todo o patrimônio que ela possuía, incluindo salas comerciais no Rio de Janeiro, uma cobertura e um apartamento em uma área de luxo, além de propriedades em Salvador, Trancoso e Nova York. Ele expressou tristeza ao ver que tudo isso foi perdido e sentiu que o trabalho de Gal foi em vão.
Cantora era proprietária de uma granja em Petrópolis, onde costumava passear com a ex-namorada, a atriz Lúcia Veríssimo. A propriedade foi vendida por Gal e Wilma em 1992 e se transformou em uma escola e depois em uma pousada. A cantora possuía quatro salas comerciais no Leblon e dois imóveis em São Conrado. No testamento, a artista deixou um imóvel para o filho Gabriel, adquirido por R$ 5 milhões em 2020, no bairro dos Jardins, em São Paulo.
A médium Halu Gamashi, amiga de Gal, relatou encontros secretos devido ao ciúme de Wilma. Ela presenciou críticas pesadas feitas pela esposa da cantora, estranhando o fato de Gal permanecer calada em momentos como quando foi criticada pelo peso. A matéria também apresentou relatos de outras pessoas que fizeram parte da vida das duas, como o produtor Rodrigo Bruggermann, que mencionou taxas extras, grosserias e mudanças de planos de última hora, e o empresário Maurício Pessoa.
A viúva de Gal não quis comentar sobre as acusações e ainda ameaçou processar a revista caso a matéria fosse publicada.