A viúva de Silvio Santos, Iris Abravanel, e suas filhas estão lutando na Justiça de São Paulo contra a cobrança do Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação sobre bens no exterior. Elas alegam que a maior parte da fortuna, estimada em R$ 429,9 milhões, está em contas internacionais e não deve ser tributada pelo Brasil.
Os Abravanel estão sendo taxados em quase R$ 18 milhões pelo imposto. No entanto, o valor significativo está em uma instituição nas Bahamas e nos Estados Unidos, onde os herdeiros argumentam que não deve incidir imposto.
O juiz já negou um pedido de sigilo no processo, o que gerou reações do procurador do estado Paulo Gonçalves da Costa Júnior, que se mostrou surpreso com a quantidade de bens fora do Brasil e questionou o motivo da fortuna está depositada em contas bancárias de paraísos fiscais.
“Senor Abravanel era pessoa notoriamente conhecida cujo patrimônio e atividades econômicas conhecidas situavam-se no Brasil, causando surpresa e estranheza que a maior parte de sua herança seja atribuída a determinada participação societária em ‘entidade’ sediada no paraíso fiscal das Bahamas, cuja existência era até então desconhecida do público”, pontuou o magistrado.
O processo foi aberto no dia 13 de dezembro e a família espera uma audiência de conciliação, que está sendo organizada. Além dos acrescentados, a herança inclui ações do Grupo Silvio Santos no Brasil, com uma disputa sobre o valor do ITCMD.