Homem morto por tiro ao subir em muro: vizinho é condenado a 19 anos de prisão, no Paraná
O julgamento de Agnaldo da Silva Orosco foi finalizado nesta quarta-feira (5). O crime aconteceu no distrito de Pirapó, no dia 9 de março de 2024, no momento em que Bruno Emídio da Silva Júnior ouviu barulhos de disparos na casa ao ladoe tentou ver o que estava acontecendo.
Agnaldo da Silva Orosco foi condenado a 19 anos e três meses de prisão em regime fechado, em um julgamento finalizado depois de mais de 12 horas, na noite desta quarta-feira (5). Ele é reu pela morte de Bruno Emídio da Silva Júnior, de 33 anos, registrada em Apucarana, no distrito de Pirapó, no norte do Paraná.
O homem fez o disparo que atingiu o rosto de Bruno no momento em que ele subiu no muro para olhar a casa do vizinho, depois de ouvir barulhos no imóvel onde acontecia uma confraternização. A situação foi gravada por câmeras de segurança.
A condenação foi pelo crime de homicídio com duas qualificadoras: motivo fútil e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. O júri aconteceu em Apucarana.
A defesa de Agnaldo, em nota enviada ao DE, disse que está analisando o resultado do júri e não descarta apresentação de recurso.
O DE também entrou em contato com a defesa da família de Bruno, mas não houve retorno até a última atualização desta reportagem.
No dia 9 de março de 2024, de acordo com os depoimentos de testemunhas que estavam no local, Bruno estava fazendo um churrasco com a namorada e familiares na casa dos tios que não estavam no distrito de Pirapó, devido a uma viagem. Por volta das 22h40, eles ouviram quatro disparos.
Às 22h55, como marca a câmera de segurança, Bruno subiu em um varal da casa dos tios para enxergar o imóvel ao lado por estar preocupado com os moradores da região, conforme depoimento apresentado por familiares. A imagem mostra ele olhando para trás, conversando com a namorada, e sendo atingido assim que colocou a cabeça por cima do muro novamente.
A vítima morreu na hora, segundo a Polícia Militar (PM-PR), apesar das tentativas de reanimação da família e chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Ainda de acordo com a PM, Agnaldo fugiu do local na noite do crime.
Em depoimento ao delegado, ele disse ter agido em legítima defesa porque imaginou que um homem estaria tentando invadir casa dele. Quando ouviu um barulho, que achou ser no telhado, saiu com a arma.




