“Vocês dão apoio jurídico para que possamos tomar decisões”, diz Caiado a procuradores

O governador Ronaldo Caiado destacou a importância do papel dos advogados públicos para a prestação célere e eficiente dos serviços oferecidos à população, durante celebração do Dia do Procurador do Estado de Goiás, no Palácio das Esmeraldas, nesta segunda-feira, 20. A data é comemorada no dia 11 de novembro, quando foram completados 59 anos de atuação da Procuradoria-Geral do Estado de Goiás (PGE-GO). “São vocês que dão diretrizes e o apoio jurídico para que possamos tomar decisões com total embasamento e dar sustentação àquilo que um governo se propõe a fazer”, disse Caiado, que estava acompanhado da primeira-dama e coordenadora do Goiás Social, Gracinha Caiado, ao parabenizar os advogados pelo histórico da instituição e pelos resultados obtidos em 2023.

“Atuamos como uma força conjunta, envolvidos naquilo que é o gesto de goianidade, para repor ao cidadão goiano o que ele paga de imposto em forma de qualidade de vida”, pontuou Caiado. “Todos nós procuradores estamos prontos e vigilantes para oferecer ao Estado os melhores subsídios e contributos para uma gestão pública eficiente e produtora de resultados. Nossa história merece ser reverenciada por ser, também, a dos demais órgãos do sistema público de Justiça, como o Ministério Público, Tribunal de Contas e a Defensoria Pública”, destacou o procurador-geral do Estado, Rafael Arruda, ao lançar o selo comemorativo alusivo ao aniversário de 60 anos da PGE-GO, que será celebrado em 2024.

O presidente da Associação dos Procuradores do Estado de Goiás, Claudiney Rocha, ressaltou o orgulho de atuar em um Estado que reconhece o trabalho desenvolvido pela Procuradoria e pelos procuradores, que foram beneficiados com nova sede para a PGE, realização de concurso público, ocupação técnica da Casa Civil e a nomeação de uma procuradora do Estado como desembargadora, relembrando a posse de Juliana Prudente no Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO). “Como soldados jurídicos, fazemos uma guerra permanente contra a ilegalidade, injustiça e, principalmente, contra a insegurança jurídica”, afirmou.

“Mais do que orientar o governante, a PGE atua como consolidadora do regime democrático, como facilitadora da implementação de políticas públicas que atendam a população”, ressaltou o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Saulo Mesquita. A solenidade ainda marcou a entrega da Medalha do Mérito da PGE-GO aos 10 homenageados deste ano. A condecoração é cedida àqueles que, por seus méritos ou por relevantes serviços prestados à advocacia pública, à PGE e à sociedade goiana, mereçam especial distinção.

PGE-GO 60 anos

Considerado o maior escritório de advocacia do Estado de Goiás, a Procuradoria-Geral do Estado é integrada por advogados públicos. Hoje, está presente em todas as secretarias do estado, autarquias e fundações estaduais, que correspondem a 22 órgãos da Governadoria e Administração Direta, 12 entidades da Administração Indireta, além do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), atuando diretamente junto aos correspondentes titulares.

Resultados 2023

Em 2023, a PGE-GO recebeu cerca de 690 mil intimações, superando as quase 557 mil recebidas em 2022. O órgão garantiu a economia de R$ 4 bilhões aos cofres públicos, após o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir que o Estado de Goiás não tem a obrigação de repassar incentivos fiscais de programas como Fomentar e Produzir a municípios que já tenham decisões transitadas em julgado sobre a questão.

No âmbito nacional, outra grande conquista foi a permanência de Goiás no Regime de Recuperação Fiscal (RRF). No Tribunal Regional Federal da 3ª Região, a Procuradoria obteve a vitória com a decisão que suspendeu ordem que determinava a devolução de um helicóptero, que permanecerá em poder do Estado até o julgamento definitivo da ação. Ainda, o órgão obteve modulação em ação perante o TJ Goiás para garantir a cobrança de quase 5,6 mil processos administrativos tributários pendentes sobre transporte de gado sem nota fiscal, o que equivale a R$ 436 milhões.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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