Vôlei feminino estreia com vitória tranquila em Paris

A estreia da seleção feminina de vôlei na Olimpíada de Paris foi como o esperado. Enfrentando o Quênia, considerado o time mais fraco do torneio, o Brasil fez valer a superioridade e não teve problemas para chegar à primeira vitória na competição.

No primeiro set, após um início equilibrado, o Brasil se desgarrou no placar, contando com muitos erros das quenianas. A vitória brasileira na parcial veio por 25 a 14. No segundo set o Quênia começou melhor, mas logo as brasileiras retomaram a dianteira no marcador, contando com pontos de bloqueio e aproveitamento nos contra-ataques. Após 19 minutos, o Brasil fechou a parcial em 25 a 13.

O terceiro set seguiu o roteiro dos anteriores. Na reta final do jogo, o técnico José Roberto Guimarães aproveitou para dar rodagem a outras jogadoras do elenco. A central Diana emendou uma sequência de três bloqueios. E coube à ponteira Júlia Bergmann, mais uma que veio do banco, fechar a parcial em 25 a 12, e o jogo em 3 sets a 0, depois de apenas 1 hora e 04 minutos de partida.

Os números de bloqueio ajudam a entender a superioridade brasileira em quadra: foram 16 contra apenas 3 das adversárias. A central Carol foi a principal bloqueadora em quadra, com 5 acertos, e marcou 13 pontos no total. Ela empatou com a oposta Rosamaria no posto de maior pontuadora do duelo.

O Brasil lidera o grupo B, à frente da Polônia nos critérios de desempata. O próximo jogo da seleção brasileira será na quinta-feira, 1º de agosto, contra o Japão, às 8 da manhã, no horário de Brasília.

No domingo, dia 4 de agosto, fecha a participação na primeira fase contra Polônia, às 4 da tarde. No torneio olímpico de vôlei as 12 seleções estão divididas em três grupos de quatro países. Avançam à fase de quartas de final os dois mais bem colocados de cada chave, além dos dois melhores terceiros colocados.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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