Volkswagen concede férias coletivas a 3,6 mil funcionários em São Paulo

A fábrica da Volkswagen na cidade de Taubaté (SP) concede, a partir de hoje (18), férias coletivas a 3,6 mil trabalhadores, informou o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté. Com 4 mil funcionários, a unidade terá, segundo o sindicato, a produção inviabilizada no período.

Os empregados voltam ao trabalho entre o dia 28 deste mês e o dia 8 de maio. “O sindicato acompanha as atividades da empresa, para que sejam tomadas apenas as medidas necessárias para manutenção dos postos de trabalho, já que as férias coletivas são uma prerrogativa da Volks”, diz nota da entidade.

Procurada, a Volkswagen informou que “tem feito uso de ferramentas de flexibilização para adequar o volume de produção à demanda do mercado”.

Histórico

Em janeiro deste ano, a empresa e o sindicato fizeram um acordo com 615 trabalhadores que aderiram a um plano de demissão voluntária (PDV). O programa começou no final de dezembro e terminou em janeiro. A montadora alegou, na época, necessidade de redução no quadro de funcionários.

Pelo acordo coletivo aprovado para este ano e com validade até 2022, a empresa se comprometeu a não demitir, além de implementar ações de flexibilidade, banco de horas e otimização de custos, entre outras medidas.

Fonte: Agência Brasil

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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