Voluntários do ‘Adote 1 aluno’ impactam 1.200 estudantes com aulas gratuitas

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Voluntários do ‘Adote 1 aluno’ já ajudaram 1.200 estudantes com aulas de graça

A iniciativa já foi mostrada no Bom Dia Rio, no RJ1 e no Globo Repórter — e
neste domingo (31) o fundador, Silvério Morón, esteve no Globo Comunidade.

Voluntários do ‘Adote 1 aluno’ já ajudaram 1.200 estudantes com aulas de graça

Voluntários do ‘Adote 1 aluno’ já ajudaram 1.200 estudantes com aulas de graça

Uma ideia que nasceu em um banco de praça, no Rio de Janeiro, já transformou
a vida de mais de 1.200 pessoas. Desde 2018, o programa “Adote 1 aluno” ocupa
praças públicas com um objetivo simples: levar conhecimento gratuito a quem
precisa.

A iniciativa já foi mostrada no Bom Dia Rio, no RJ1 e no Globo Repórter — e
neste domingo (31) o fundador, Silvério Morón, esteve no Globo Comunidade.

Professores voluntários se organizam em diferentes pontos da cidade para dar
aulas de português, inglês, matemática, cursos profissionalizantes e reforço
escolar para vestibular — sempre sem cobrar nada.

Silvério, que também é engenheiro eletricista, começou sozinho em Botafogo e
hoje conta com 25 voluntários ativos. Ao longo de 7 anos, já passaram pelo
projeto aproximadamente 150 professores dispostos a compartilhar seu tempo e seu
saber.

“Em 2003 dei minha 1ª aula particular e me apaixonei por ensinar. Depois de 15
anos, percebi que o maior problema do Rio era o baixo nível de escolaridade, que
leva à violência e ao desemprego. Decidi então ocupar uma praça para dar aula de
graça e incentivar outros a fazer o mesmo”, conta Silvério.

ONDE ACONTECEM AS AULAS

Atualmente, o “Adote 1 aluno” funciona em 6 praças no Rio:
Botafogo (Praça Mauro Duarte),
Copacabana (Bairro Peixoto),
Humaitá (Largo dos Leões),
Flamengo (Praça Nicarágua),
Grajaú (Praça Edmundo Rêgo),
Tijuca (Praça Xavier de Brito)

Silvério, do Adote 1 aluno, na Praça Mauro Duarte, em Botafogo — Foto:
Reprodução/TV Globo

PROFESSORES QUE SE TORNAM VOLUNTÁRIOS

Entre os voluntários está a professora Beatriz Costa, que ensina português e
inglês e participa do projeto há 2 meses. Para ela, a motivação é clara: “Eu
sempre quis atuar em uma ação social. Uma das formas de remuneração é ver o
engajamento e a realização dos alunos que a gente atende. Isso não tem preço.”

As aulas são abertas a todos os interessados. Basta levar material escolar
básico, como caderno e caneta. Quem não tiver, conta Beatriz, também recebe
ajuda: “O importante é a iniciativa de estudar”.

EDUCAÇÃO COMO TRANSFORMAÇÃO

Silvério se dedica ao projeto 4 dias por semana, de terça a sexta-feira, em
encontros de 2 horas por dia. Além de ensinar, ele também faz questão de lembrar
que o projeto só existe porque outros professores acreditam na mesma ideia.

“O maior desperdício que existe é o desperdício do conhecimento. Pessoas com
muito a ensinar acabam guardando isso para si. Nosso objetivo é mudar essa
realidade.”

Pelas redes sociais — no Instagram @adoteumalunobotafogo — e pelo WhatsApp (21)
99977-2533, os voluntários divulgam horários e locais das aulas.

O movimento cresce e já há pedidos para levar a iniciativa à Zona Oeste e à
Baixada Fluminense. Para isso, Silvério explica que depende de mais professores
que se disponham a ocupar novas praças.

“A educação é transformadora. O que a gente planta hoje vai refletir no futuro
da cidade”, resume.

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