Votação em Goiás é marcada por longas filas e muita demora

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Com a tarde deste domingo, 2, já iniciada, a votação em Goiás segue sendo marcada por demoras nas filas. O DE conversou com pessoas de três cidades diferentes, a fim de conversar a respeito do andamento do pleito e dos atrasos nas zonas eleitorais.

Demora nas filas de Goiás

Três eleitoras diferentes de Goiás relataram cenários semelhantes no estado. Marilda Mendes, natural de Goiânia, vota na Área II da PUC, no Setor Universitário. Ela chegou às 11h30 no local, e o DE entrou em contato às 13h11. Até esse momento, ela ainda não tinha conseguido votar.

“Creio que essa demora seja em função do número de eleitores, todos querendo exercer seu direito, inclusive muitos idosos, e também pela quantidade de cargos disputados”, analisa Marilda. Segundo ela, o lado positivo é que o processo está sendo muito tranquilo, sem nenhum tipo de conflito até o momento.

Em Anápolis, a representante comercial Márcia Soares votou na Vila Industrial e também presenciou um grande atraso. “Muito cheio e confuso. Cheguei no meio da manhã e esperei por mais de uma hora e meia, mas ouvi comentários de pessoas que ficaram nas filas por duas horas”, conta.

Além disso, na cidade de São Luís de Montes Belos, na região central de Goiás, Marília dos Santos narra que as pessoas começaram a chegar na Escola Municipal Francisco Antonio dos Santos às 7h. Ela explica que alguns idosos demoraram mais do que os outros por apresentar dificuldades em manusear as urnas. No entanto, o pleito foi mais pacífico do que ela imaginava.

“Tinha muita gente e a demora, pelo menos na minha seção, foi devido à quantidade de eleitores na fila e de prioritários que passavam na frente. Não vi nada referente a problemas nas urnas”, declara Marília.

As Eleições 2022 estão transcorrendo ao longo do dia, com o fechamento das urnas às 17h. Porém, se um eleitor estiver na fila neste horário e ainda não tiver votado, haverá a prorrogação do prazo.

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Gabinete de transição ganha reforço com Simone Tebet e Kátia Abreu 

Duas semanas após as eleições, o grupo de trabalho responsável pela transição do governo para a posse Lula ganhará reforços. Na lista de integrantes do gabinete que devem ser nomeados estão a ex-presidenciável Simone Tebet, a filha do cantor Gilberto Gil, Bela Gil, e a ex-ministra da Agricultura, Kátia Abreu. Os nomes foram anunciados pelo vice-presidente eleito e coordenador do trabalho, Geraldo Alckmin,  nesta segunda-feira. Ao todo são 31 grupos técnicos.

Gil e Tebet fazem parte do tópico Desenvolvimento Social e Combate a Fome, enquanto Abreu de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. As áreas ainda sem nomes definidos são Infraestrutura, Minas e Energia, Previdência Social, Trabalho, Ciência, Tecnologia e Inovação, Desenvolvimento Agrário, Pesca e Turismo. (Veja abaixo todos os nomeados no gabinete de transição).

Na semana passada, a goiana Iêda Leal  foi incluída no grupo para cuidar do eixo e Igualdade Racial com outras seis pessoas, incluindo a ex-ministra da área na gestão de Dilma Rousseff, Nilma Gomes. As outras formações para discussão e planejamento são  Comunicação, Igualdade Racial, Direitos Humanos, Planejamento, Orçamento e Gestão, Indústria, Comércio, Serviços e Pequenas Empresas e Mulheres. 

Há 20 anos, uma lei federal garante acesso de uma equipe formada por 50  pessoas e de um coordenador a informações e dados de instituições públicas. A medida visa colaborar no planejamento de ações a partir da posse do presidente eleito. O trabalho está autorizado a  começar no segundo dia útil do anúncio do vencedor da eleição e deve ser finalizada até o décimo dia após a posse presidencial.

Confira a lista completa dos integrantes do gabinete de transição:

Economia

-Persio Arida, banqueiro, foi presidente do BNDES e do BC

-Guilherme Mello, economista, colaborou com o programa de Lula

-Nelson Barbosa, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento de Dilma (PT)

-André Lara Resende, economista e um dos pais do Plano Real

Planejamento, Orçamento e Gestão

-Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento 

-Esther Dweck, professora da UFRJ

-Antônio Correia Lacerda, presidente do Conselho Federal de -Economia

-Enio Verri, deputado federal (PT-PR)

Comunicações

-Paulo Bernardo, ministro das Comunicações de Dilma

-Jorge Bittar, ex-deputado (PT)

-Cézar Alvarez, ex-secretário no Ministério das Comunicações

-Alessandra Orofino, especialista em economia e direitos humanos

Indústria, Comércio e Serviços

-Luciano Coutinho, ex-presidente do BNDES sob Lula e sob Dilma (2007-2016)

-Germano Rigotto, ex-governador do RS (MDB)

-Jackson Schneider, executivo da Embraer e ex-presidente da Anfavea

-Rafael Lucchesi, Senai Nacional

-Marcelo Ramos, deputado federal (PSD-AM)

Micro e Pequenas Empresas

-Tatiana Conceição Valente, especialista em economia solidária

-Paulo Okamotto, ex-presidente do Sebrae

-André Ceciliano, candidato derrotado ao Senado pelo PT no Rio

-Paulo Feldmann, professor da USP

Desenvolvimento Social e Combate à fome

-Simone Tebet, senadora (MDB)

-André Quintão, deputado estadual (PT-MG), sociólogo e assistente social

-Márcia Lopes, ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Lula

-Tereza Campello, ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Dilma Rousseff

-Bela Gil, apresentadora

Agricultura, Pecuária e Abastecimento

-Carlos Fávaro, senador (PSD-MT)

-Kátia Abreu, senadora (Progressistas-TO)

-Carlos Ernesto Augustin, empresário

-Neri Geller, deputado (PP-MT)

Cidades

-Márcio França, ex-governador de São Paulo (PSB)

-João Campos, prefeito do Recife (PSB)

Desenvolvimento Regional

-Randolfe Rodrigues, senador (Rede-AP)

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