Apesar da recomendação do Partido dos Trabalhadores (PT), do Partido Liberal (PL) e do Partido Social Democrático (PSD) para que seus deputados votassem pela manutenção da prisão de Rodrigo Bacellar (União Brasil), presidente da Alerj, a divisão foi evidente durante a votação na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Com 42 votos a favor, a Casa deliberou pela revogação da prisão, com 21 votos contrários. A presença de 65 deputados no plenário mostrou a importância do tema e a diversidade de opiniões dentro das legendas.

Na semana anterior à votação, a esquerda da Alerj se uniu para orientar os parlamentares a votarem pela manutenção da prisão de Bacellar. Representantes do PT, PSB, PCdoB e PSOL estiveram presentes no encontro, onde a orientação foi clara. No entanto, a deputada Carla Machado (PT) surpreendeu ao votar a favor da revogação, indo na contramão dos outros seis representantes da legenda, que votaram pela manutenção da prisão do presidente da Casa.

O PL, partido do governador Cláudio Castro, também apresentou divergências em sua bancada. Dos 18 deputados, três votaram pela manutenção da prisão de Bacellar, enquanto o delegado Carlos Augusto se absteve de votar. Já o PSD, do prefeito Eduardo Paes, teve a deputada Lucinha e o deputado Munir Neto votando pela revogação da prisão, mesmo após orientação da legenda para votar pela manutenção. O deputado Claudio Caiado não compareceu à votação.

A decisão da Alerj pela revogação da prisão de Rodrigo Bacellar foi tomada com base nos votos de 42 deputados a favor. O presidente da Casa foi detido pela Polícia Federal sob a acusação de vazar informações sobre uma operação contra o deputado estadual TH Jóias. Segundo relatório da PF, Bacellar teria avisado o colega parlamentar sobre a prisão iminente, com instruções para destruir evidências. A votação na Alerj refletiu a diversidade de opiniões e a complexidade do cenário político atual no Rio de Janeiro.