“Vou implementar programas sociais inclusivos”, afirma Caiado

Governador Ronaldo Caiado participa remotamente de cerimônia de diplomação, ladeado pela esposa Gracinha Caiado (direita) e pela médica Ludhmila Hajjar (esquerda). Nas extremidades, as filhas Marcela e Maria Caiado

Uma oportunidade única para reflexão sobre a importância de representar 7,3 milhões de goianos. Assim o governador Ronaldo Caiado definiu seu sentimento durante a diplomação dos candidatos eleitos no pleito de 2022, realizada pelo Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO), na manhã desta segunda-feira, 19, em Goiânia. Caiado participou da solenidade de forma remota, de São Paulo (SP), onde recupera-se de cirurgia cardíaca realizada no último dia 8. Em discurso transmitido pela internet, ele também defendeu a democracia e as conquistas de seu primeiro mandato.

Ao reafirmar compromisso com o combate às desigualdades sociais no segundo mandato, o chefe do Executivo destacou: “Não podemos nos esquecer de que somos os porta-vozes dos mais vulneráveis: os pobres e os miseráveis que compõem o cadastro da pobreza”. Nesse sentido, Caiado afirmou que pretende fazer novos investimentos no estado: “Vou criar programas sociais inclusivos, transformadores e emancipadores; gerar mais empregos; construir mais rodovias de qualidade; pontes, habitações e tantas outras demandas que nossa população merece”, afirmou.

Acompanhado da esposa, a presidente de honra da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG) e coordenadora do Gabinete de Políticas Sociais (GPS), primeira-dama Gracinha Caiado; das filhas Maria e Marcela e da médica Ludhmila Hajjar, Caiado também agradeceu à população pela confiança: “Quero agradecer a Deus e ao Divino Espírito Santo por esse momento tão especial e também pelos meus 1.806.892 votos. Afirmo que serei o governador de 7,3 milhões de goianos que vivem, estudam, trabalham e produzem em nosso estado”, disse.

Caiado também prometeu continuar trabalhando com respeito ao dinheiro público, o que foi fundamental para a recuperação das finanças de Goiás. “Conseguimos reequilibrar as finanças do estado e não atrasamos repasses de duodécimos aos demais Poderes e nem os salários dos servidores públicos”, pontuou. “Goiás hoje é referência nacional pelos resultados obtidos, dando uma oxigenada em vários setores, tendo uma educação pública de qualidade, saúde pública regionalizada e uma segurança pública que é referência em números em todo o país”, concluiu.

A cerimônia foi conduzida pelo presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO), desembargador Itaney Francisco Campos, que também diplomou o senador eleito Wilder Morais e suplentes, além de 41 deputados estaduais e 17 deputados federais por Goiás. “Trata-se da coroação das escolhas democraticamente legitimadas pela população deste estado. Comprova que o processo fluiu e chegou a seu ponto máximo: a consagração da vontade [popular], através da outorga do diploma aos candidatos escolhidos”, explicou.

Reeleição histórica
Aos 73 anos, o governador Ronaldo Caiado entrou para a história da política goiana ao se tornar o primeiro político eleito e reeleito em 1º turno desde a instituição da possibilidade da reeleição no Brasil, em 1997. Este será o oitavo mandato de sua trajetória política, já que ele se elegeu deputado federal por Goiás por cinco vezes (1991 a 1995, 1999 a 2003, 2003 a 2007, 2007 a 2011 e 2011 a 2015), além de ter sido eleito senador em 2014 e governador pela primeira vez, em 2018.

Ao discursar, Caiado lembrou que sempre defendeu as regras do jogo democrático e respeitou o resultado das urnas. “Não existe nenhum outro regime político capaz de dar ao cidadão tamanha liberdade de se expressar e de defender suas ideias. Por isso, sou um defensor da democracia, sempre respeitando o resultado das urnas”. E complementou: “O Brasil precisa de paz. Qualquer ruptura social provocada pelo descumprimento das regras democráticas gera sequelas irreparáveis e um sofrimento maior aos mais vulneráveis”, em referência ao acirramento das disputas eleitorais neste ano.

A posse do governador Ronaldo Caiado para o segundo mandato será realizada no dia 1° de janeiro de 2023, às 17h, na sede da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), no Park Lozandes, também na capital.

Vice-governador
A diplomação referenda, além da vitória de Caiado, a escolha de Daniel Vilela para o cargo de vice-governador. Nascido em Jataí, o político de 39 anos é filho do ex-governador Maguito Vilela e terá a tarefa de auxiliar a gestão na execução das políticas públicas até 2026. “Serão missões em todas as áreas, aquilo que o governador entender que eu tenho competência, vou fazer. Sempre que chamado, estarei presente e com toda disposição para trabalhar”, disse.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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