Vovó Lena: Sua partida trágica após rompimento de adutora no Rio

Vovó Lena, conhecida por seus vídeos bem-humorados no Tiktok, teve seu corpo enterrado na quarta-feira (27) após o trágico acidente no Rio de Janeiro. Marielene Rodrigues, de 79 anos, faleceu após um rompimento de adutora em Rocha Miranda, Zona Norte da cidade, que a soterrou enquanto dormia em sua residência. Nas redes sociais, ela conquistava o público com seus vídeos dançando e cantando funk, angariando mais de 18 mil seguidores e milhões de visualizações em suas postagens.

Os familiares e amigos se despediram emocionados de Vovó Lena, como era carinhosamente chamada no Tiktok. Descrita como alegre e divertida, Marielene gostava de gravar seus vídeos para as redes sociais, especialmente quando cantava karaokê. A comoção foi evidente nas mensagens de apoio e carinho dos seguidores, que enalteciam a alegria e irreverência da “vovó cria”.

O acidente ocorreu de madrugada, causando destruição e levando ao óbito de Marielene. Sua filha, Simone, desabafou sobre a perda da mãe e questionou a qualidade do saneamento básico que resultou na tragédia. Enquanto isso, Suelen Belo, filha de criação de Marielene, foi resgatada com vida dos escombros, apesar do susto e do caos provocados pelo rompimento da adutora.

A adutora, de 1949 e com tubo de grande vazão, causou estragos significativos na região de Rocha Miranda, onde ocorreu o acidente. A empresa responsável pela distribuição de água na área, Águas do Rio, indicou que o processo de reparo da adutora levará alguns dias, afetando o fornecimento de água na região. A Cedae, companhia de saneamento do Estado do Rio de Janeiro, colabora com a redução da produção de água para auxiliar no reparo da adutora danificada.

A morte de Vovó Lena, uma figura querida nas redes sociais, gerou comoção e consternação entre seus seguidores e a comunidade em geral. Seus vídeos engraçados e sua alegria contagiante ficarão como um legado de sua passagem pela vida, marcando de forma positiva todos aqueles que tiveram a oportunidade de conhecê-la mesmo que virtualmente. A tragédia do rompimento da adutora serve como um lembrete trágico dos desafios enfrentados em relação à infraestrutura e à segurança urbana.

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Agressor de paisagista é considerado inimputável em caso de distúrbio do sono: vítima se diz devastada

Justiça diz que agressor de paisagista cometeu crime durante distúrbio do sono e é inimputável; ‘Sensação devastadora’, diz vítima

A decisão da 7ª Câmara Criminal do Rio confirmou que o homem julgado por tentativa de feminicídio e agressão contra a paisagista Elaine Caparroz, em 2019, não pode ser responsabilizado pelo crime. O motivo, para a Justiça, é que ele cometeu as agressões devido a comportamentos violentos causados por distúrbios do sono (parassonia). Vinícius Batista Serra foi considerado “inimputável” e, portanto, não pode responder pelos crimes. Ao DE, a vítima, que entrou com recurso, lamentou a nova decisão:

> “É uma sensação devastadora, pois cada vez mais no Brasil nós vemos a impunidade”, disse Elaine.

O acórdão também determinou que Vinícius Batista Serra não vai precisar pagar a indenização de R$ 100 mil pedida pela vítima. A advogada que representa Elaine já disse que vai recorrer da decisão nos tribunais superiores, e que pode ir ao Tribunal Penal Internacional.

Na sentença de 1ª instância, de maio deste ano, o juiz Alexandre Abrahão afirmou que o crime era doloso (com intenção). No entanto, o magistrado alegou, com base em provas de perícia e de testemunhas ouvidas no processo, que o estado mental “patológico” de Vinícius indicava que ele era “inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito de seus atos”. Durante o processo, peritos apresentaram um laudo de polissonografia e disseram que já havia relatos de agressões de Vinícius, enquanto dormia, contra a mãe e o irmão dele.

A advogada de Elaine Caparroz, Gabriela Manssur, contestou a decisão e ressaltou que acreditava que Vinícius não poderia ser considerado inimputável. Ela recebeu a decisão com tristeza, criticando a falta de perspectiva de gênero na resolução do caso. A defesa de Vinícius, representada por Caio Conti Padilha, afirmou que o agressor não se lembrava do que havia feito devido ao sonambulismo, concluído por peritos do estado. Elaine Caparroz, por sua vez, mantém a esperança de que a justiça será feita em seu caso:

“Eu acredito que todo homem que tenta destruir a vida de alguém não pode sair impune, mas sim arcar com as consequências das suas ações”.

No texto, o desembargador Joaquim Domingos afirmou que Vinícius continuará com tratamento ambulatorial e que seu caso poderá ser reavaliado. Dependendo do resultado, ele poderá ser internado em uma unidade psiquiátrica. Elaine relembrou os impactos que o episódio de agressão causou em sua vida, destacando as sequelas físicas e psicológicas sofridas.

Ao longo do processo, a controvérsia em torno da capacidade de Vinícius em entender seus atos permaneceu, com a acusação contestando a decisão da Justiça. O caso continua sendo acompanhado de perto, com a vítima buscando justiça e reparação pelos danos causados. A história de Elaine Caparroz e Vinícius Batista Serra é um exemplo de como distúrbios do sono e suas consequências podem gerar impactos profundos na vida das pessoas envolvidas.

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