“Bolsonaro veio do esgoto da história”, afirma Wagner Moura após censura

Wagner

­Perto do lançamento da sua estreia como diretor, Wagner Moura contou o alívio em poder levar o filme ”Marighella” aos cinemas. Marcado por adiantamentos, o filme chega ao cinema brasileiro no dia 4 de novembro.

Originalmente, era previsto que ele chegasse ao público há dois anos, mas a pandemia e problemas envolvendo a aprovação da Ancine, a Agência Nacional do Cinema, impossibilitaram que o lançamento acontecesse. Segundo o ator, ”Marighella” foi censurado pelo órgão por se tratar da biografia de Carlos Marighella, guerrilheiro comunista que lutou contra a ditadura militar.

“As negativas da Ancine para o lançamento e, depois, o arquivamento dos nossos pedidos não têm explicação. E isso veio numa época em que o Bolsonaro falava publicamente sobre filtragem na agência”, diz ele.

Ataque a cultura

Moura acredita que a resistência do filme vem também de uma parte do público e de ânimos políticos exaltados e um governo federal que tem atacado a cultura frequentemente.

“A polêmica de ‘Marighella’ é muito menos sobre o Carlos Marighella e a luta armada do que sobre o governo Bolsonaro. É um filme sobre um personagem histórico, de seu tempo; Bolsonaro que é um personagem anacrônico.”

O filme conta com a presença de Seu Jorge na pele do guerrilheiro e escritor, ”Marighella” além da presença de Bruno Gagliasso, Adriana Esteves e Humberto Carrão no elenco. Exibido no Festival de Berlim em 2019, o filme foi aplaudido de pé por críticos mas, mesmo assim, não ganhou forças para chegar logo às salas de cinemas brasileiras.

”É triste que um filme que tenha sido feito em 2017 até hoje não tenha estreado? É triste. Porém, hoje em dia, já está muito mais claro para os brasileiros a tragédia que é o governo Bolsonaro do que talvez em 2019, quando tentamos lançar “Marighella” pela primeira vez. Talvez, hoje, haja uma maior compreensão de que isso é um produto cultural brasileiro, que o fato de ser proibido, censurado, atacado pelo governo é um absurdo.” diz Moura a Folha de S. Paulo.

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Falecimento de Ney Latorraca aos 80 anos: ex-esposa Inês Galvão presta homenagem em redes sociais

Ney Latorraca, um dos grandes talentos da televisão brasileira, faleceu nesta quinta-feira (26/12) aos 80 anos, vítima de sepse pulmonar. Sua ex-esposa, a atriz Inês Galvão, lamentou profundamente a perda do artista nas redes sociais, declarando seu amor eterno por ele. O casal foi casado por cinco anos, de 1983 a 1987, antes de Ney se unir a Edi Botelho.

Inês compartilhou uma foto antiga ao lado de Ney Latorraca em suas redes sociais, relembrando os bons momentos que viveram juntos. Em sua homenagem, ela escreveu: “Ele vai levando uma grande parte da minha história e deixa comigo uma imensa saudade! Te amo para sempre, Neyzinho”. A imagem foi registrada em 2018, em um evento em que Ney prestigiou uma peça de teatro protagonizada por Inês.

O casal chegou a pensar em ter filhos durante seu relacionamento, mas optaram por não seguir adiante com a ideia. Ney Latorraca construiu uma carreira de sucesso na televisão, sendo lembrado por papéis marcantes, como em “Da Cor do Pecado”. Sua morte foi lamentada por fãs e colegas de profissão, como o ator Marco Nanini, que prestou homenagem ao artista em suas redes sociais.

O velório de Ney Latorraca será aberto ao público, com início às 10h30 e encerramento às 13h30, no Theatro Municipal, no Rio de Janeiro. Em seguida, haverá uma cerimônia de cremação reservada para a família. O ator estava internado na Clínica São Vicente desde o dia 20 devido a complicações de um câncer de próstata.

Ney Latorraca estava casado há 29 anos com Edi Botelho e levava uma vida discreta, afastado dos holofotes e sem presença ativa nas redes sociais. Sua trajetória na televisão marcou gerações e sua ausência será sentida por todos que admiravam seu talento e carisma. Fique por dentro de mais notícias do mundo dos famosos e do entretenimento seguindo o perfil Metrópoles Fun no Instagram.

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