Waguinho deixa cargo em Belford Roxo e contrata empresa por R$ 52 mi: polêmica na gestão

Belford Roxo: deixando cargo, Waguinho contrata empresa por R$ 52 mi

Gestão de Waguinho, que está acabando, contratou sem licitação uma empresa de coleta de lixo por R$ 52 milhões

No último mês da gestão do prefeito Wagner Carneiro, o Waguinho (Republicanos), em DE (RJ), a administração municipal fechou um contrato emergencial – com dispensa de licitação – com uma empresa de coleta de lixo por R$ 52 milhões.

O contrato, se mantido, terá de ser cumprido pelo sucessor de Waguinho que assume em janeiro do ano que vem, Márcio Canella (União), que superou na eleição municipal o candidato do atual prefeito, seu sobrinho Matheus do Waguinho (Republicanos).

A empresa que fechou contrato com a prefeitura foi a Limppar Participações S/A, que já prestou serviços para a administração municipal de DE e foi acusada pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio de causar um prejuízo de mais de R$ 40 milhões aos cofres públicos municipais.

Apesar de estar com uma licitação aberta justamente para a coleta de resíduos, marcada para o próximo dia 22 de janeiro, a prefeitura da cidade fluminense, por meio da Secretaria de Serviços Públicos, homologou a dispensa de licitação para outra contratação no último dia 5 de dezembro.

Waguinho é marido de Daniela Carneiro, também conhecida como Daniela do Waguinho, que foi ministra do Turismo no governo Lula até julho de 2023.

À reportagem, o presidente da Câmara Municipal de DE, Markinho Gandra (União-RJ), acusou a atual gestão de tentar precarizar a cidade antes de entregá-la ao sucessor. O vereador, porém, espera a anulação do procedimento para contratação da empresa de coleta de lixo, já que o legislativo local levou a questão ao Judiciário e aguarda uma resposta. “Ele [Waguinho] vem fazendo isso no apagar das luzes”, reclamou o parlamentar.

A reportagem entrou em contato com a prefeitura de DE pedindo um posicionamento, mas não recebeu resposta até o fechamento desta reportagem.

A empresa Limppar também não se manifestou. O espaço segue aberto.

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Justiça condena major da PM por assédio sexual no batalhão da PMDF no Recanto das Emas

Oficial da PMDF é condenado por assédio e importunação sexual contra policiais femininas e funcionárias de batalhão

Segundo vítimas, major Luizmar Barreto Ferreira usava hierarquia para fazer abordagens de cunho sexual. Defesa diz ingressou no processo na fase de recurso de apelação e que vai se inteirar quando tiver acesso aos autos.

Justiça condena major da PM por assédio sexual dentro do quartel

Um oficial da Polícia Militar do Distrito Federal foi condenado, na segunda-feira (17), pelos crimes de assédio sexual e importunação sexual que ocorreram dentro do Batalhão da PM na região do Recanto das Emas. Segundo o processo, as vítimas são policiais femininas que eram subordinada ao major Luizmar Barreto Ferreira, e também funcionárias civis que frequentavam o batalhão.

A defesa do militar disse ingressou no processo na fase de recurso de apelação, “que já foi interposto”, e que vai se inteirar do processo e da sentença quando tiver acesso aos autos.

Em depoimento à Justiça, as vítimas contaram que o oficial usava da posição superior na hierarquia da PM para tocar de forma inapropriada as vítimas, fazer abordagens de cunho sexual e enviar mensagens de celular com conotações ofensivas.

A pena é de 3 anos de detenção e 1 ano, 1 mês e 6 dias de reclusão. O major pode recorrer em liberdade.

Em nota, a PMDF disse que não comenta decisões judiciais, mas que a investigação foi realizada pela corporação “sob coordenação da Corregedoria da PMDF”.

CONDENADO EM PRIMEIRA INSTÂNCIA

Segundo a denúncia do Ministério Público do DF e Territórios, os crimes aconteceram entre 2019 e 2021, e que “as vítimas tinham medo de represália por conta da hierarquia militar do major, o que contribuiu para um silêncio prolongado durante todos esses anos”.

A denúncia ganhou força quando outras vítimas relataram o mesmo comportamento do militar, depois que uma primeira denúncia chegou ao conhecimento do comando geral da PMDF.

A condenação é em primeira instância e uma decisão unânime do Conselho Especial da Auditoria Militar do DF. A sentença se baseou em provas que incluem: depoimentos, testemunhas e registros de mensagens.

Para o MPDFT, a decisão é um marco no combate ao assédio sexual nas instituições militares, “fortalecendo os mecanismos de denúncia e incentivando vítimas a buscarem justiça sem temor de represálias”.

O QUE DIZ A PMDF

“A Polícia Militar do Distrito Federal informa que não comenta decisões judiciais.

Sobre os fatos, toda a investigação, em sede de Inquérito Policial Militar (IPM), foi realizada pela corporação, sob coordenação da Corregedoria da PMDF.”

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