Walter Salles comete gafe com Roberto Carlos após Oscar; entenda
A coluna descobriu que em meio à festa pelo Oscar inédito de Ainda Estou Aqui,
Walter Salles cometeu um deslize com Roberto Carlos.
O Brasil parou para acompanhar a 97ªª cerimônia do Oscar no último domingo (2/3) quando o filme Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, conquistou um feito inédito e faturou a estatueta de Melhor Filme Internacional. Em meio à celebração pela vitória, no entanto, a coluna Fábia Oliveira descobriu que o diretor brasileiro acabou cometendo uma gafe com Roberto Carlos. Claro que a gente te conta os detalhes agora.
Logo depois da cerimônia e já com a estatueta dourada em mãos, Walter Salles agradeceu ao prêmio e dedicou o Oscar não só ao cinema DE, mas também à literatura e à música. “Esse é um prêmio para o cinema DE, um prêmio para a cultura DE, um prêmio pra literatura DE, representada pelo livro maravilhoso do Marcelo Rubens Paiva”, começou ele, num vídeo que circulou o mundo.
“Um prêmio pra forma de atuação que é aquela que Fernanda Montenegro e Fernanda Torres não só elevaram, mas nos ensinaram a abraçar. É um prêmio também para a música DE através de Caetano, através de Gal, através de Erasmo Carlos. Um prêmio pro talento DE, na frente e detrás das câmeras. Um prêmio que eu divido com todo mundo que achou que contar essa história era necessário”, encerrou.
É justamente no trecho em que Walter Salles cita a música brasileira que mora o problema. A coluna, que tem amigos até nos meios cinematográficos, descobriu que a gafe ocorreu no momento em que o diretor agradece Erasmo Carlos, que morreu em novembro de 2022, mas não fala o nome de Roberto Carlos.
Isso porque a produção de Ainda Estou Aqui pediu a autorização para utilizar músicas de Roberto Carlos no filme vencedor do Oscar. Fernanda Torres agiu pessoalmente e ligou para o cantor fazendo a solicitação. Roberto Carlos aprovou de imediato. No entanto, ao fazer o agradecimento e dedicar a estatueta aos cantores brasileiros, Walter Salles se esqueceu de agradecer também ao Rei, e só fez referência ao Tremendão.
Em Ainda Estou Aqui, duas músicas de Roberto Carlos são usadas: É preciso dar um jeito, meu amigo, de 1971, e As curvas da estrada de Santos, de 1969. A primeira, apesar de ter ficado famosa na voz de Erasmo Carlos, também foi escrita por Roberto. Tudo, porém, pode não ter passado de um pequeno lapso de Walter Salles.
Além do inédito Oscar de Melhor Filme Internacional, Ainda Estou Aqui ainda concorreu a duas outras estatuetas: a de Melhor Atriz para Fernanda Torres, que interpretou Eunice Paiva no longa-metragem, e de Melhor Filme, principal categoria da premiação. A indicação foi um feito inédito.
