Warner Bros processa empresa de IA por roubar Superman e Scooby-Doo
Robô Midjourney, de criação de imagens por inteligência artificial, também é alvo da Disney e da Universal.
Midjourney é alvo de processos de estúdios como Warner e Disney — Foto: Reprodução
A Warner Bros Discovery processou a empresa de geração de fotos por inteligência artificial Midjourney nesta quinta-feira (4), dizendo que ela roubou os trabalhos do estúdio para gerar imagens de Batman, Superman, Mulher Maravilha, Pernalonga, Scooby-Doo e outros personagens protegidos por direitos autorais.
É um processo semelhante ao movido em junho contra a Midjourney pela Walt Disney e pela Universal por causa de personagens como Darth Vader, Bart Simpson, Shrek e Ariel, de “A Pequena Sereia”.
Na queixa apresentada em um tribunal federal de Los Angeles, a Warner Bros disse que o roubo permitiu que a Midjourney treinasse seu serviço de imagem e vídeo para oferecer aos assinantes imagens de alta qualidade para download de seus personagens em “todas as cenas imagináveis”.
Henry Cavill como Clark Kent/Superman numa cena de ‘O Homem de Aço’ — Foto: Divulgação
A Warner também disse que a Midjourney sabia que sua conduta era ilícita porque, antes, impedia os assinantes de gerar vídeos a partir de muitas imagens infratoras. Mas a medida foi suspensa no mês passado e a empresa divulgou a mudança como uma “melhoria”.
“A Midjourney tomou uma decisão calculada e orientada para o lucro de oferecer proteção zero aos proprietários de direitos autorais, embora saiba do escopo impressionante de sua pirataria e violação de direitos autorais”, diz a ação.
A Warner busca indenizações não especificadas e restituição de lucros, além da suspensão de outras infrações.
Lançada em 2022 e liderada pelo fundador David Holz, a Midjourney, sediada em San Francisco, tinha quase 21 milhões de usuários em setembro de 2024 e uma receita estimada de US$ 300 milhões em 2024, de acordo com a denúncia da Warner Bros.
A Midjourney e seus advogados não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.
Entenda a polêmica da trend do ‘Studio Ghibli’