Como a França não podia vencer a principal rival, Inglaterra, pelo mar, Napoleão decretou em 1806 o bloqueio continental, proibindo os países de negociar com os ingleses. Portugal, maior aliado e dependente dos financiamentos de Londres, não poderia cumprir o bloqueio. Assim, o país e as colônias se tornaram alvos de Napoleão.
Com o fim das guerras napoleônicas na Europa, no ano de 1814, a corte portuguesa estava livre para voltar a Portugal. Porém, Dom Joao VI, que já era rei, permaneceu por algum tempo no Brasil. Em 1815, para justificar a continuidade, decretou que Brasil era parte de Portugal.
Após o retorno do rei, o governo em Lisboa transferiu de volta para Portugal órgãos públicos instalados no Brasil e convocou de volta o príncipe regente, Pedro. A elite brasileira da época buscou garantir a permanência dele, que decidiu permanecer, no que é conhecido como O dia do Fico.
A decisão de Dom Pedro ficar no Brasil não foi bem aceita por Portugal. Dias antes da declaração da Independência, a coroa portuguesa enviou um comunicado revogando as medidas de Dom Pedro, exigindo o retorno dele e o acusando de traição.
No dia 7 de Setembro, perto do riacho Ipiranga, Dom Pedro oficializou o rompimento com Portugal e proclamou a Independência.