Césio-137: 5 momentos que marcaram o acidente radioativo

Descoberta da cápsula

O acidente radioativo aconteceu em 13 de setembro de 1987, em Goiânia. A cápsula azul brilhante, que tinha Bário, foi encontrada em um equipamento de radiografia pelos catadores Wagner Pereira e Roberto Alves. O responsável por abrir a máquina foi Devair Ferreira, que, encantado com o pó azul, a levou para casa e chamou diversas pessoas para que pudessem ver como ele brilhava no escuro.

Primeira vítima

A vítima mais conhecida da tragédia foi Leide das Neves Ferreira, de 6 anos. A criança foi uma das pessoas a encostar no pó radioativo. Ela se encantou e ficou brincando com ele, passando nas mãos e pelo corpo. Os sintomas iniciais eram os mesmos para todos: diarreia, vômitos, queda de cabelo, entre outros.

Toneladas de lixo radioativos retirados

Quem percebeu os altos níveis de radiação foi o físico Walter Mendes Ferreira, acionado pela Vigilância Sanitária. Ele determinou o problema em diversos locais da capital e proibiu que os bombeiros descartassem o cilindro em um rio. Seis mil toneladas de material contaminado foram retiradas de Goiânia capital e enterradas em Abadia de Goiás, onde estão até hoje.

Maior acidente radioativo

Walter Mendes Ferreira determinou que o acidente radiológico era o maior já visto no planeta, sendo um dos piores episódios de contaminação com radioatividade na história. Na classificação da Escala Internacional de Acidentes Nucleares, o Césio-137 atingiu o nível 5.

Contaminados

Ao todo foram registradas 249 pessoas com alta contaminação, sendo quatro vítimas fatais diretas. Até hoje, há um serviço específico para os afetados pelo acidente radiológico, o CARA (Centro Estadual de Assistência aos Radioacidentados Leide das Neves), que realiza mais de 23 mil atendimentos por ano.