WePink: Sócio revela 13 mil vendas diárias em vídeo do MP por práticas abusivas

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Wepink: sócio de Virginia disse que empresa faz 13 mil vendas por dia em vídeo usado pelo MP em ação por supostas práticas abusivas

Em um vídeo de live, Thiago Stabile, sócio de Virginia Fonseca, revelou que as vendas da WePink dobraram, passando de 200 mil para 400 mil por mês, o que representa cerca de 13 mil vendas diárias. O Ministério Público de Goiás (MP-GO) utilizou este vídeo como evidência em uma ação que investiga possíveis práticas abusivas da empresa de cosméticos. O número de reclamações contra a empresa chegou a 120 mil em menos de 2 anos, de acordo com informações registradas pelo MP.

O vídeo em questão mostra o sócio de Virginia explicando que os atrasos nas entregas foram causados pelo aumento na demanda do público consumidor. Essa justificativa, apresentada pela WePink, foi contestada pelo MP, que vê indícios de má-fé empresarial e condução dolosa nas vendas em larga escala. A alta demanda de pedidos, segundo o órgão, possibilitaria que a empresa aumentasse sua equipe para suprir as necessidades de produção e entrega.

Diante das declarações feitas no vídeo e das reclamações dos consumidores, o Ministério Público argumenta que a estratégia de ofertas-relâmpago adotada pela WePink pode induzir à compra impulsiva e explorar a vulnerabilidade psicológica dos consumidores. Além disso, o uso da imagem de Virginia nas campanhas de marketing da empresa pode potencializar essa situação, uma vez que a influenciadora possui um grande número de seguidores que confiam em suas recomendações.

O MP protocolou uma ação contra a WePink, em conjunto com a autuação do Procon, alegando que a empresa acumulou um alto número de reclamações nos últimos anos. O órgão aponta que a WePink já soma 30 mil queixas registradas até a data da ação, com previsão de chegar a 300 mil consumidores afetados, considerando os que não formalizaram suas reclamações. Entre as práticas consideradas abusivas estão a falta de entrega de produtos pagos, a demora no reembolso, atendimento pós-venda deficiente e exclusão de críticas nas redes sociais.

O MP busca que a empresa de Virginia pague uma indenização de R$ 5 milhões e corrija as práticas consideradas abusivas. A WePink se posicionou alegando que não foi formalmente citada e que está em processo de recurso contra a autuação do Procon. A defesa da empresa ressaltou que, atualmente, não há atrasos frequentes e destacou que a avaliação da WePink no Reclame Aqui é de 8.1, com índice de resolução de 93%.

Diante do cenário de denúncias e investigações, a WePink enfrenta um momento delicado em relação à reputação e transparência de suas operações. O desenrolar deste caso será fundamental para determinar o impacto nas práticas comerciais da empresa e na confiança dos consumidores. Por fim, a importância de respeitar os direitos e garantias dos consumidores é um aspecto essencial para a construção de uma relação saudável entre empresas e clientes.

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