Wesley, revelação do Flamengo, destaca aprendizados com Gerson e Vanderson na Seleção Brasileira

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Novato na Seleção, Wesley arranca risos em entrevista e destaca admiração por
concorrente

Lateral do Flamengo fala sobre aprendizados com Filipe Luís, conselhos de Gerson e conta que se espelhou em Vanderson, hoje seu rival na disputa por uma vaga de titular no Brasil

Cara nova na convocação do Brasil para as partidas contra Colômbia e Argentina, nesta data Fifa de março, o lateral-direito Wesley arrancou risos em sua primeira entrevista coletiva pela Seleção, nesta terça-feira.

Bem-humorado, Wesley tratou com leveza até os momentos difíceis pelos quais passou na carreira. Ao lembrar da volta por cima que deu após o Flamengo recusar uma proposta da Itália para contratá-lo, o lateral-direito afirmou:

– Minha vontade de aprender foi maior que minha tristeza. A reviravolta foi disso, a reviravolta da Atalanta, que eu não fui para lá. Comecei a evoluir, evoluir, evoluir até chegar no nível dos torcedores me pedirem na Seleção. A primeira vez que vi um comentário assim: “ele tem que ir para a seleção” eu pensei: esse cara está maluco (risos). Pra mim não era normal, eu estava começando a evoluir – disse Wesley.

Espontâneo, o lateral-direito destacou a importância de ter companheiros do Flamengo na Seleção, em especial o meio-campista Gerson.

– Quando fiquei sabendo que seria convocado, todo mundo viu o vídeo. Foi uma gritaria, eu não ouvi o nome do Gerson. Foi “Wesley” e todo mundo gritou lá em casa. Eu não ouvi o nome dele, comecei a pesquisar: “o Gerson não vai?” Aí depois senti o alívio dele ali. Peço bastante conselho a ele. Às vezes nem peço, ele chega falando “faz assim, faz assado”. Eu falo: caramba, paizão, seleção. Aí ele: “é, agora mudou a chave”. Estou colado com ele, pedindo conselho. Estou mais nervoso para treinar do que para dar coletiva (risos)

Wesley, lateral-direito do Flamengo e da seleção brasileira, em entrevista coletiva — Foto: Reprodução / CBF TV

Wesley disputa posição no grupo canarinho com Vanderson, que tem 23 anos, dois anos a mais do que ele. A idade próxima faz o jogador do Flamengo se espelhar no companheiro.

– Muito feliz por estar participando dessa competição de posição, disputando posição com Vanderson, jogador do Monaco. Até falei para ele ontem: em 2021 ele jogava no Grêmio, eu estava na base, falei: caraca, moleque, tu joga pra c… Eu via ele jogando direto. Era da minha idade, mas já estava no profissional. Falava: quero ser igual a ele, estar no profissional logo. É uma briga sadia, todo mundo vem pra cá para ser titular, brigar por posição, isso aumenta o
nível, só tem jogador bom. Então, não dá para relaxar nenhum dia – comentou.

O Brasil enfrenta a Colômbia nesta quinta-feira, no Mané Garrincha, em Brasília. Depois, na terça, faz clássico contra a Argentina, em Buenos Aires.

Confira abaixo outros trechos da entrevista de Wesley:

COMPANHEIROS DO FLAMENGO NA SELEÇÃO

– Primeiramente, queria agradecer ao Dorival pela oportunidade. Estou vivendo um sonho de vestir essa camisa, eu sempre almejei. Estou muito feliz. Ainda não treinei, tivemos a parte regenerativa. Hoje será meu primeiro treino com os companheiros. Sobre ter Gerson, Alex e Ortiz aqui é muito bom, passa a sensação de eu estar em casa, isso é importante, ter companheiros de equipe aqui. As expectativas são as melhores.

PRÓXIMOS JOGOS E ADMIRAÇÃO PELOS COMPANHEIROS

– São dois jogos que todo mundo sonha em jogar, Colômbia e Argentina, jogos grandes. Todo mundo que veste essa camisa está acostumado com jogos grandes, pressão, essas coisas. Todo mundo sabe lidar com isso. Vamos seguir o plano do Dorival, fazer o que ele pediu para a gente. Esse time entrosado, com os talentos que tem, Vinicius Jr, Rodrygo… Falando do almoço agora, que eu tento entrosar com eles, eu olho para eles e falo: “só vejo esses caras na TV, estou aqui sentando com eles” (risos).

CONSELHOS DO FILIPE LUÍS

– Filipe Luis, como falei, é meu treinador, mas também um amigo. Antes era companheiro de equipe, jogamos juntos. Eu o via como referência para mim, apesar de ser lateral do lado oposto. Falava: ele é muito bom. Tentava fazer alguma coisa parecida. Ele virou meu treinador e eu peço ajuda. Tudo o que ele fala para mim: “Ah, tem que melhorar isso” ou chega no final do treino e fala “filho, vamos treinar esse negócio aqui, lançamento, cruzamento”, essas coisas. Tudo o que ele fala nos vídeos para mim eu peço para treinar com ele no final, posicionamento de corpo, por exemplo. Sobre seleção, ele não falou nada. Teve até uma entrevista que ele só falou “tá bom, vai lá”, quem está aqui é o Dorival, quem tem que me dar conselho é o Dorival.

ESTILO DE JOGO

– Espero ajudar bastante com meu jogo ofensivo, que hoje é meu forte. Só que primeiro tem que pensar em defender. A minha equipe está estudando bastante o time da Colômbia. Se eu for titular, espero ajudar bastante. Peço conselhos ao Dorival, ao Juan, eles estão ajudando. Se eu estiver bem na parte defensiva, a parte ofensiva vai por si só.

COMO MARCAR ARIAS?

– Não tem o que falar, jogador de seleção, qualificado, dá trabalho para todo mundo. A gente recebeu os vídeos, deve ter vídeos individuais para todos os setores. Vou procurar estudá-lo mais, apesar de já ter jogado contra ele bastante vezes. É um jogador que tem que tomar cuidado, não pode dar espaço e deixar pensar, é um cara forte, vou dar meu melhor em campo para anular ele.

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