WhatsApp testa recurso de mensagens em outras plataformas de mensagens; entenda

WhatsApp deve cumprir essas exigências da União Europeia no prazo de até seis meses e ajustar-se às normas estabelecidas

O aplicativo de mensagem WhatsApp está tentando um novo recurso em que permite enviar mensagens para aplicativos rivais, como Telegram e Signal. A informação foi divulgada através de um site especializado em acompanhar atualizações da Meta, intitulada WABetaInfo. Nele, é mostrado uma captura de tela em que mostra a aba da nova atualização, que ainda não está em funcionamento.

Ainda segundo o portal, o recurso é uma resposta às novas regulamentações da União Europeia sobre a concorrência, conhecida como Lei dos Mercados Digitais (DMA). O marco regulatório impõe regras a plataformas grandes para permitir a concorrência justa.

Dentre as regras estabelecidas, uma delas envolve a necessidade de interoperabilidade, o que significa que serviços de mensagens como o WhatsApp devem permitir que os usuários se comuniquem com aplicativos concorrentes a partir da plataforma.

Isso implica que um usuário do WhatsApp, por exemplo, poderá enviar mensagens para pessoas que utilizam o Telegram ou o Signal, e vice-versa. O usuário terá o controle para ativar ou desativar essa integração com outros serviços concorrentes, conforme previsto nas regulamentações.

O WhatsApp deve cumprir essas exigências da União Europeia no prazo de até seis meses e ajustar-se às normas estabelecidas. Ainda não está claro se essa funcionalidade será disponibilizada em outros países fora da União Europeia.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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