Witzel diz que foi perseguido por Bolsonaro após investigação do Caso Marielle

A CPI da Covid ouve nesta quarta-feira (16), o governador cassado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, que afirmou que depois das investigações da morte da vereadora Marielle Franco em 2018, o presidente Jair Bolsonaro teria começado a persegui-lo.

“Tudo isso começou porque eu mandei investigar sem parcialidade o Caso Marielle. Quando foram presos os dois executores da Marielle, o meu calvário e a perseguição contra mim foram inexorável”, acusou Witzel.

Os autores do crime são Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, denunciados pelo Ministério Público como assassinos da vereadora e do motorista dela, Anderson Gomes.

“Ver um presidente da República em uma live lá em Dubai acordar na madrugada para me atacar e dizer que eu estava manipulando a polícia do meu estado… Ou seja: quantos crimes de responsabilidade esse homem vai ter que cometer até que alguém pare ele?”, disse Witzel. “Se nós não pararmos, essa republica chavista ao contrário vai avançar cada vez mais e o nosso país é quem mais vai sofrer”, concluiu.

Durante seu depoimento, Witzel deve fazer acusações contra Bolsonaro, de quem foi aliado durante todo o período eleitoral. O ex-governador chegou a quebrar uma placa de rua com o nome da vereadora durante um ato eleitoral que pedia votos a Daniel Silveira (PSL), eleito deputado federal.

Wilso Witzen foi cassado em abril deste ano acusado de comandar um esquema de corrupção na área de saúde, durante a construção de hospitais de campanha para tratamento contra Covid-19. O político foi denunciado pela PF por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

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Lula impõe veto ao indulto de Natal para condenados do 8 de janeiro

Lula Impõe Veto ao Indulto de Natal para Condenados do 8 de Janeiro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetou o indulto de Natal para os condenados pelos atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, marcando o segundo ano consecutivo em que o benefício é negado aos envolvidos na tentativa de golpe de Estado. O anúncio foi feito na noite de 23 de dezembro, um dia antes da véspera de Natal, destacando a firmeza do governo em lidar com esses crimes.

Além disso, o indulto não será concedido a condenados por abuso de autoridade e crimes contra a administração pública, como peculato e corrupção passiva. O decreto também exclui aqueles condenados por crimes hediondos, tortura e violência contra a mulher, crianças e adolescentes. Integrantes de organizações criminosas, condenados em regimes disciplinares diferenciados e aqueles que fizeram acordos de colaboração premiada também estão fora do benefício.

Por outro lado, o indulto será concedido a gestantes com gravidez de alto risco, comprovada por laudo médico. Mães e avós condenadas por crimes sem grave ameaça ou violência também terão direito ao benefício, desde que comprovem ser essenciais para o cuidado de crianças até 12 anos com deficiência.

Saúde e condições especiais

O decreto prevê o perdão da pena para pessoas infectadas com HIV em estágio terminal, ou aquelas com doenças graves crônicas sem possibilidade de atendimento na unidade prisional. Pessoas paraplégicas, tetraplégicas, cegas e portadoras do espectro autista em grau severo também serão beneficiadas.

Este decreto reforça a posição do governo em relação aos atos antidemocráticos e crimes graves, enquanto oferece alívio a grupos vulneráveis. As pessoas contempladas pelo benefício terão, na prática, o perdão da pena e o direito à liberdade.

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