A CPI da Covid ouve nesta quarta-feira (16), o governador cassado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, que afirmou que depois das investigações da morte da vereadora Marielle Franco em 2018, o presidente Jair Bolsonaro teria começado a persegui-lo.
“Tudo isso começou porque eu mandei investigar sem parcialidade o Caso Marielle. Quando foram presos os dois executores da Marielle, o meu calvário e a perseguição contra mim foram inexorável”, acusou Witzel.
Os autores do crime são Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, denunciados pelo Ministério Público como assassinos da vereadora e do motorista dela, Anderson Gomes.
“Ver um presidente da República em uma live lá em Dubai acordar na madrugada para me atacar e dizer que eu estava manipulando a polícia do meu estado… Ou seja: quantos crimes de responsabilidade esse homem vai ter que cometer até que alguém pare ele?”, disse Witzel. “Se nós não pararmos, essa republica chavista ao contrário vai avançar cada vez mais e o nosso país é quem mais vai sofrer”, concluiu.
Durante seu depoimento, Witzel deve fazer acusações contra Bolsonaro, de quem foi aliado durante todo o período eleitoral. O ex-governador chegou a quebrar uma placa de rua com o nome da vereadora durante um ato eleitoral que pedia votos a Daniel Silveira (PSL), eleito deputado federal.
Wilso Witzen foi cassado em abril deste ano acusado de comandar um esquema de corrupção na área de saúde, durante a construção de hospitais de campanha para tratamento contra Covid-19. O político foi denunciado pela PF por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.