X (antigo Twitter) volta a funcionar no Brasil após cumprimento de exigências do STF

X (antigo Twitter) volta a funcionar no Brasil após cumprimento de exigências do STF

A rede social X, anteriormente conhecida como Twitter, voltou a funcionar plenamente no Brasil nesta quarta-feira, 9, após atender todas as exigências impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O bloqueio da plataforma ocorreu devido à recusa do proprietário da rede, o bilionário Elon Musk, em nomear um representante legal no país, o que resultou na suspensão do serviço por 40 dias.

A retomada do funcionamento foi autorizada depois que Musk indicou os representantes legais e pagou as multas impostas pelo ministro Alexandre de Moraes. Embora o primeiro pagamento de R$ 28 milhões tenha sido feito na conta errada, um novo depósito foi realizado corretamente na segunda-feira, 7, conforme solicitado pelo STF. Após essa regularização, Moraes encaminhou a questão à Procuradoria Geral da República (PGR), que recomendou a liberação da plataforma.

Na terça-feira, 8, Moraes proferiu uma decisão autorizando o retorno do X. No dia seguinte, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) notificou as operadoras de internet para restaurarem o acesso à rede social em todo o país.

Com o retorno, a conta oficial do X publicou uma nota celebrando a volta ao Brasil, ressaltando o compromisso da empresa em defender a liberdade de expressão, dentro dos limites legais. “O X tem orgulho de estar de volta ao Brasil. Proporcionar a dezenas de milhões de brasileiros acesso à nossa plataforma indispensável foi prioridade durante todo esse processo. Continuaremos a defender a liberdade de expressão, dentro dos limites da lei, em todos os lugares onde operamos”, afirmou a empresa.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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