Xibiu de Mainha: o bolinho apimentado de Maria Eunice conquista Salvador

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Xibiu de Mainha: bolinho apimentado criado por baiana brinca com duplo sentido

Maria Eunice, criadora do quitute, contou ao de que começou a levar ele em aniversário de amigos e era sempre motivo de brincadeira, por ter o formato semelhante ao de uma vagina.

‘Xibiu de Mainha’ foi criado por Maria Eunice e faz sucesso em Salvador

Base à farinha de trigo, aipim, camarão fresco, siri, bacalhau e tudo que há de bom. E assim nasceu o… “Xibiu de Mainha”, bolinho apimentado criado pela costureira Maria Eunice, a “Mainha”, e conquistou o paladar dos soteropolitanos.

Em entrevista ao de, Maria Eunice e a filha, Priscila Monique, contaram como o quitute “nasceu” e o motivo por trás do nome inusitado. A criadora do bolinho disse que começou a levar porções para aniversários de amigos e era sempre motivo de brincadeira por conta do formato semelhante ao de uma vagina. Veio daí o nome que brinca com o duplo sentido.

“Sempre ficavam me perguntando qual era o nome dele e eu só respondia que era ‘xibiu’. Pediam a receita, mas eu nunca dava. Quando começamos a vender, a ideia foi da minha filha, fazendo uma referência que ele era meu e, por isso, virou o Xibiu de Mainha, para ressaltar quem era a dona do negócio”, contou Maria Eunice.

“Quando ela começou a vender, eu coloquei o ‘de Mainha’ para especificar que era algo dela. Assim como tem o ‘picolé do João’, ‘acarajé de fulana’, tem o Xibiu de Mainha”, acrescentou Priscila Monique.

A empreendedora relatou que começou a fazer sucesso entre os amigos e, em 2018, decidiu investir e começar a vender o produto, que pode ter recheio de camarão, carne seca, siri e bacalhau e tem até uma versão vegana, com beterraba, aveia e alecrim. A base das massas varia entre o trigo, aipim e batata-doce.

Priscila Monique contou que elas começaram a vender o “Xibiu de Mainha” em uma feira livre no bairro do Santo Antônio Além do Carmo, no Centro Histórico da capital baiana. Foi quando ela teve a ideia de colocar placas com as seguintes frases: “Já comeu xibiu?” e “Prato do dia: Xibiu de Mainha”. Isso causou curiosidade nos clientes e começou a atrair público.

No entanto, com a pandemia de Covid-19, elas precisaram suspender as vendas porque não tinham estrutura em casa para transformar o negócio em delivery e também não podiam vender na rua por conta das restrições de isolamento.

Após cinco anos, em 2025, elas retomaram as vendas do produto na Avenida Paralela, em frente ao antigo Bahia Café Hall. As vendas são feitas semanalmente, aos sábados e domingos, das 9h às 14h.

Ainda hoje, o nome do bolinho é alvo de brincadeira por parte dos clientes, mas mãe e filha ressaltam que nunca aconteceu nenhuma situação desrespeitosa.

“É uma brincadeira saudável. O primeiro passo é chegar sorrindo. Normalmente, os homens, acompanhados das companheiras, nos abordam e elas brincam dizendo que eles não vão comer aquele ‘xibiu’, sempre com diversão”, destacou Maria Eunice.

Priscila Monique, que é arquiteta e urbanista, adiantou que ela e a mãe planejam expandir o negócio, mas, no momento, as vendas do bolinho apimentado compõem a renda secundária da família. Priscila contou que trabalha de segunda a sexta-feira em sua área de formação, mas ajuda a mãe no preparo dos bolinhos.

“A ideia é que a gente consiga um ponto fixo para que as pessoas possam encontrar o local com facilidade e comer o ‘Xibiu de Mainha’ com conforto. É uma meta muito grande”.

A equipe de reportagem do de decidiu experimentar o “Xibiu de Mainha”, cuja aparência pode até lembrar um mini acarajé, mas o sabor é totalmente diferente. A receita de Maria Eunice tem gosto particular e bastante apimentado — para os sensíveis à pimenta. A porção com 12 unidades custou R$ 29,90.

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