Yoko Ono diz ter sido a que mais sofreu com o fim dos Beatles; entenda
A renomada artista, Yoko Ono, compartilhou recentemente detalhes emocionantes sobre o impacto que o término dos Beatles teve em sua vida. Ela revelou que, na época da separação da banda em 1970, enfrentou momentos extremamente difíceis, incluindo a perda de três bebês devido a abortos espontâneos. Aos 92 anos, Yoko Ono é reconhecida por suas contribuições como musicista, artista e ativista, além de sua posição como viúva de John Lennon.
Em um novo documentário lançado nos Estados Unidos intitulado “One to One: John & Yoko”, Yoko Ono fala abertamente sobre o assédio que sofreu após o fim dos Beatles. Gravações de áudio da década de 1970 revelam as dificuldades enfrentadas por Ono durante esse período conturbado, mostrando o ódio e a hostilidade direcionados a ela. Mesmo anos depois, a artista relembra com tristeza as agressões verbais e físicas que enfrentou enquanto acompanhava John Lennon pela rua.
Embora algumas pessoas tenham apontado Yoko Ono como a responsável pela separação dos Beatles, a artista sempre negou essa acusação. Em um dos trechos do documentário, ela compartilha os momentos de terror que viveu enquanto esperava um filho de Lennon, recebendo ameaças de morte e sendo alvo de ataques cruéis. A hostilidade voltada a ela naquela época a fez sofrer três abortos espontâneos, evidenciando o impacto profundo que o ódio e a intolerância podem ter sobre a vida de uma pessoa.
O documentário “One to One” mergulha na vida de John Lennon e Yoko Ono nos primeiros anos da década de 1970, após a mudança do casal para Nova York. Ali, eles se tornaram ativistas políticos enquanto iniciavam suas carreiras solo, deixando para trás o legado dos Beatles. Sean Lennon, filho do casal, atuou como produtor executivo do filme, contribuindo para a remasterização de imagens do concerto beneficente “One to One” de 1972.
Durante a narrativa do documentário, é destacada a participação de Yoko Ono em um evento importante: a primeira Conferência Feminista Internacional na Universidade de Cambridge. Seu discurso sobre liberdade feminina reflete as lutas que enfrentou ao ser associada a John Lennon e às pressões impostas pela sociedade. Mesmo diante das adversidades, Yoko Ono persistiu, pois o amor que compartilhava com Lennon era um elo inquebrável que a impulsionava.
Em uma entrevista anterior ao jornalista Anderson Cooper, Yoko Ono abordou a questão do sexismo e racismo que enfrentou durante aquele período conturbado. Ela expressou sua crença de que foi usada como bode expiatório por ser uma mulher japonesa em um contexto de pós-guerra, quando as tensões eram evidentes. Apesar de todas as dificuldades, Yoko Ono permaneceu firme em seu amor por John Lennon, superando as adversidades com coragem e determinação.
A produção do renomado cineasta Kevin Macdonald promete trazer à tona uma história marcante de amor e luta, ainda sem previsão de chegada ao Brasil. “One to One: John & Yoko” oferece um vislumbre profundo da vida do casal, destacando não apenas os desafios enfrentados, mas também a força e resiliência que os uniam em meio às turbulências da vida.