YouTube terá que remover vídeos caluniosos sobre Marielle Franco

A decisão foi da 47ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que obriga que o YouTube remova nas próximas 72 horas cerca de 16 vídeos com ofensas a vereadora Marielle Franco, que morreu no último dia 15 deste mês. A ação foi movida pelas advogadas Samara Castro, Evelyn Melo e Juliana Durães a pedido da família, caso o YouTube descumpra a ordem judicial, terá de pagar R$1.000 por dia por cada vídeo que permanecer online.

Segundo a juíza Márcia Correia Hollanda, o conteúdo dos vídeos fazem referência direta à Marielle, apontando-a como vinculada a facções criminosas e tráfico ou imputações maliciosas sobre suas bandeiras políticas, como o aborto, fatos que podem caracterizar violação à honra e à imagem da vereadora e que certamente causam desconforto e angústia aos familiares. A ex-vereadora também foi alvo de “Fake News” que repercutiram nas redes sociais em diversas publicações que viralizaram, mas sua equipe criou uma página para desmentir os boatos.

 

 

 

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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