Ex-Fluminense busca primeiro título no Azerbaijão contra ex-clube de aposta do Flamengo
Zagueiro de 30 anos tem dois marcados em 26 partidas realizadas pelo Sabah
Formado na base do Fluminense, o zagueiro Nogueira busca neste sábado, às 12h (de Brasília), fazer história no futebol do Azerbaijão. O clube dele, o Sabah, é novato no futebol local e terá pela frente o Qarabag, o mais tradicional no país e ex-time do atacante Juninho, hoje no Flamengo. Estará em jogo a Taça do Azerbaijão.
Cria do Flu, Nogueira passou por países tradicionais, como México e Portugal. Mas o que fez o atleta de 30 anos acreditar no projeto de um clube do Azerbaijão? A estrutura, o lado financeiro e ambição pesaram.
– O que me atraiu de fato em vir jogar no Azerbaijão foi o desejo do clube em contar comigo, pois eles já tinham o interesse em me contratar há alguns anos. O clube, apesar de novo, tem uma mentalidade ambiciosa, uma estrutura como a de grandes clubes do Brasil e até Europa, além de me dar a oportunidade de estar jogando competições europeias importantes. Também não posso deixar de falar do lado financeiro, que no futebol conta e muito, afinal, é a estabilidade financeira que qualquer jogador busca.
Enfrentar o clube mais tradicional do Azerbaijão traz ainda mais motivação para o Sabah e Nogueira, que marcou dois gols em 26 partidas.
– Todos no clube estão bastante motivados para essa decisão, pois tem muita coisa em jogo. É uma partida que nos coloca diretamente na Europa League se formos campeões, e nós temos todo suporte para que isso seja concretizado. O nosso adversário é um clube que tem bastante história no país e está acostumado a ganhar os campeonatos, mas isso nos dá ainda mais motivação para esse jogo. É a chance que temos de marcar os nossos nomes na história do Sabah.
Nogueira, ex-Fluminense, é jogador do Sabah, do Azerbaijão — Foto:
Arquivo pessoal
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Como você avalia sua primeira temporada pelo Sabah? Como está sendo a experiência de jogar em um país como o Azerbaijão?
– Minha primeira temporada no Sabah foi bastante positiva. Quando você faz uma troca de país é sempre difícil no começo, pois envolve não só a parte desportiva, mas também a familiar, e ambos foram bastante benéficos. A experiência de jogar meu primeiro ano no Azerbaijão está sendo encantadora, gosto da liga, do país, da cidade e principalmente do clube. As pessoas às vezes enxergam países como esse com desconfiança, mas é um lugar muito bonito, ótimo para se viver e bastante acolhedor.
Como é ser o único brasileiro do elenco? Foi bem recebido? Alguma curiosidade ou fato marcante desde que chegou ao clube?
– Sou o único brasileiro do elenco, e isso de certa forma me dá uma grande motivação para representar o meu país aqui no Azerbaijão. Fui muito bem recebido, temos um grupo que apesar de suas diferenças é bastante acolhedor. Um fato marcante foi conseguir ajudar a levar o clube à uma final inédita logo na minha primeira temporada aqui, além de ter marcado dois gols em uma partida só recentemente, o que para zagueiro é bastante difícil.
Você ainda acompanha o futebol brasileiro? E o Fluminense, clube que o revelou?
– Acompanho sim o futebol brasileiro sempre que dá. Apesar do fuso ser muito diferente, estou vendo os jogos. O Fluminense é e sempre vai ser o lugar de onde eu tenho minhas melhores recordações como atleta. Olho para trás desde quando cheguei com 11 anos até minha saída e foram muitas coisas vividas, histórias, aprendizados e muita gratidão por esse clube gigante. Se estou há tantos anos jogando fora e conseguindo me manter em alto nível, sou grato a Deus, minha família e ao Fluminense que me ensinou tudo sobre o futebol. É um clube esse que jamais esquecerei.
Thiago Silva e Nogueira em época de uma visita do ídolo às Laranjeiras —
Foto: Arquivo Pessoal