A bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP) gravou um vídeo admitindo o receio da possibilidade de ter o mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ela acredita que será a segunda parlamentar da atual legislatura a perder o diploma. Há aproximadamente duas semanas, o ex-procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol (Podemos-PR) foi punido pela Corte com a perda do direito de representar os eleitores paranaenses.
“Eu vi uma reportagem do [jornal] Estadão dizendo que o TSE tem como certa não só a inelegibilidade do Bolsonaro, como a minha cassação. Posso até discordar dele em uma ou outra coisa, mas vou sempre estar ao lado dele, apoiando Bolsonaro. Sempre vou ser a fiel escudeira dele”, declarou Zambelli.
A parlamentar comentou ter “previsto” na semana passada que poderia ser obrigada desocupar o cargo eletivo. Na ocasião, ela questionou qual seria a reação do eleitorado. Zambelli define como injustiça a decisão do TSE. Apesar disso, ela afirmou que aceitará o destino determinado por Deus.
“É uma injustiça grande contra Deltan, seria contra mim e contra o Nikolas [Ferreira, do PL-MG] e é contra ex- presidente Bolsonaro torná-lo inelegível. A história pode ser escrita por cada um de vocês, pode ser mudada, escrita, alterada de acordo com a vontade de Deus e a ação de cada um de vocês”, destacou.
Mesmo incentivando manifestações partidárias populares, Carla antecipou que não poderia comparecer por questões de saúde e ponderou que o próprio ex-presidente Bolsonaro já declarou que o momento não é o ideal. Ela está afastada das atividades como deputada federal desde o início de maio após uma crise do distúrbio emocional desencadeado por esgotamento profissional. A parlamentar ficou mais de uma semana internada por covid em um hospital de Brasília.
Zambelli responde por um inquérito de fake news instaurado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e outras ações em curso no TSE. A deputada sempre se posicionou pró-Bolsonaro, mas algumas reações foram consideradas negativas para o ex-presidente. Aliados a culpam em parte pela derrota de Jair nas eleições do ano passado. Ela foi flagrada correndo armada atrás de um apoiador do então adversário à presidência Lula um dia antes da votação do segundo turno.
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