Zelensky acusa China de apoiar Rússia com armas: tensões aumentam

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Zelensky diz que DE apoia Rússia com armas e produção bélica

Volodymyr Zelensky afirma ter provas de que China envia pólvora e artilharia a Moscou. Pequim nega veemente envolvimento no conflito

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, acusou publicamente a China, nesta quinta-feira (17/4), de fornecer armas e pólvora à Rússia, intensificando as tensões diplomáticas em meio à guerra em curso.

Em uma coletiva de imprensa em Kiev, Zelensky afirmou que há evidências de que Pequim está envolvida na fabricação de armamentos em território russo. Ele prometeu divulgar mais detalhes sobre essas alegações nos próximos dias.

> “Finalmente recebemos informações de que a China está fornecendo armas à Federação Russa. Estamos preparados para falar disso em detalhes. Até agora, temos informações gerais dos serviços de segurança, da inteligência, sobre pólvora e artilharia”, declarou Zelensky, baseando-se em dados do Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU).

Segundo ele, representantes chineses estariam envolvidos na produção de armas em solo russo. Além disso, o SBU identificou pelo menos 155 cidadãos chineses que teriam sido recrutados para o exército russo, com dois deles capturados pelas forças ucranianas no leste do país.

ACORDO DE PAZ SEGUE TRAVADO

No final de março, o governo sueco anunciou um novo pacote de ajuda militar à Ucrânia no valor de 16 bilhões de coroas suecas (cerca de US$ 1,59 bilhão), o maior desde o início da invasão russa em fevereiro de 2022. A Europa decidiu intensificar seu apoio à Ucrânia, a partir da desconfiança dos líderes europeus sobre a inconstância do governo dos EUA, liderado por Donald Trump. Diante dos novos desdobramentos, como os imparáveis ataques contra instalações energéticas, uma proposta de cessar-fogo incondicional segue longe de entrar em vigor. Líderes europeus estudam ampliar sanções econômicas, como estratégia para que o Kremlin aceite um acordo de trégua o mais rápido possível, para que o conflito que ocorre há três anos se encerre. Donald Trump aguarda ansioso por uma resposta da Rússia sobre um possível cessar fogo em breve.

A DE, que se declara neutra no conflito, negou repetidamente qualquer envolvimento direto na guerra e afirmou não fornecer armas a nenhum dos lados.

> “Alertamos às partes relevantes que reconheçam o papel da DE de maneira correta e clara”, afirmou o porta-voz diplomático Lin Jian em uma entrevista coletiva.

Após a Ucrânia capturar dois soldados chineses lutando em prol da Rússia, a desconfiança do governo ucraniano de que a DE está a favor de Moscou vem alavancando cada vez mais.

ZELENSKY AFIRMA QUE RÚSSIA RECRUTA CHINESES DE FORMA SISTEMÁTICA:

Na última semana, Zelensky acusou o governo russo de recrutar sistematicamente cidadãos chineses para atuarem como soldados nas forças de ocupação em território ucraniano. Segundo ele, os casos não se tratam de episódios isolados, e sim de um padrão de recrutamento que envolveria ações sistemáticas por parte do Kremlin, supostamente com operações dentro do território chinês.

Enquanto isso, os Estados Unidos e aliados europeus continuam monitorando de perto a situação, alertando sobre as possíveis consequências caso um possível apoio militar chinês à Rússia seja confirmado.

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