Zelensky diz estar disposto a renunciar imediatamente se a Ucrânia for aceita na Otan, após ser chamado de “ditador” por Trump. A Rússia intensifica ataques com drones.
Declaração de Zelensky sobre a presidência
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou estar disposto a deixar a presidência imediatamente em troca da adesão de seu país à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Essa declaração foi feita durante uma coletiva de imprensa em Kiev, no domingo, 23 de fevereiro. Zelensky justificou sua disposição, dizendo: “Se realmente precisarem que eu deixe meu cargo, estou disposto. Posso trocar [a presidência] por [uma adesão à] Otan.”
Críticas de Trump e a crise de popularidade
Essa posição de Zelensky surge após ser chamado de “ditador” pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que também sugeriu que o líder ucraniano enfrenta uma crise de popularidade e pediu novas eleições no país. A declaração de Trump foi publicada na rede social Truth Social na quarta-feira, 19 de fevereiro.
Contexto da lei marcial na Ucrânia
A Ucrânia está sob lei marcial desde a invasão russa em 2022, o que suspendeu as eleições e permitiu que Zelensky continuasse no poder. Todos os partidos ucranianos com assento no parlamento apoiaram sua permanência durante o conflito. Zelensky prometeu deixar o cargo após o fim da guerra, reforçando esse compromisso na coletiva de domingo: “não planejo estar no poder por décadas.”
Ataques da Rússia e a questão da adesão à Otan
A Rússia realizou seu maior ataque com drones contra a Ucrânia desde o início da guerra na noite de sábado, 22 de fevereiro, lançando mais de 260 drones em todo o território ucraniano. A adesão da Ucrânia à Otan é fortemente rejeitada pela Rússia, que vê essa aliança como uma ameaça às suas fronteiras.