Zoológico de Brasília reabre nesta segunda-feira; parque ficou fechado após casos de gripe aviária
Interdição durou mais de um mês e ocorreu para conter a circulação do vírus,
diagnosticado em duas aves.
O Zoológico de Brasília reabre ao público nesta segunda-feira (7). O parque estava fechado desde 28 de maio.
A interdição, que durou mais de um mês, foi determinada para conter a circulação
do vírus da gripe aviária, após a morte de duas aves diagnosticadas com a
doença. Os casos confirmados foram:
* um irerê (espécie migratória de pato), detectado em 28 de maio
e confirmado em 3 de junho;
* um emu (espécie de ema australiana, do plantel Zoo), detectado no dia 12
e confirmado em laudo no dia 16.
De acordo com a Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal (Seagri-DF), a decisão de reabrir o zoológico levou em conta a estabilidade do cenário epidemiológico e a ausência de novos casos da doença no DF.
A pasta afirma que as amostras de ambas as aves, analisadas pelo Ministério da Agricultura, indicaram que os vírus detectados apresentam semelhança com linhagens registradas na América do Norte, o que sugere introdução por rotas migratórias.
Durante os dias em que esteve fechado, o parque passou por inspeções criteriosas e reforçou medidas de limpeza, que serão mantidas mesmo após a reabertura.
Para a reabertura, o Zoológico deverá seguir normas de biosseguridade, com medidas reforçadas para proteção dos animais e do ambiente.
A Secretaria de Agricultura afirma que técnicos continuarão com ações de vigilância e monitoramento no entorno do zoológico, especialmente devido à presença de aves migratórias no território.
BRASIL LIVRE DA GRIPE AVIÁRIA
O Brasil se declarou um país livre de gripe aviária em 18 de junho, segundo o Ministério da Agricultura.
A notícia representou um alívio para os produtores brasileiros de frango, que poderão retomar a exportação para países que restringiram a compra no último mês. O Brasil é o maior exportador de carne de frango do mundo.
HÁ RISCOS?
Para os humanos, o risco é perto de zero.
As restrições que surgem quando um caso é confirmado existem para evitar a contaminação de grandes contingentes de aves – em granjas, por exemplo –, o que poderia levar a prejuízos econômicos e facilitar a criação de variantes mais perigosas da doença.
Segundo a subsecretária de Defesa Agropecuária do DF, há cerca de 200 casos de infecção humana pelo H5N1 já registrados em todo o mundo. Todos, de pessoas que têm contato próximo e constante com aves – tratadores ou veterinários, por exemplo.
Em resumo, não há nenhum risco para:
* quem visitou o Zoo em maio, antes da interdição: o prazo máximo de incubação já acabou, o que significa que não há chance de a infecção estar “dormente” até agora;
* quem consome frango ou ovos produzidos no DF: o vírus H5N1 não sobrevive à temperatura de cozimento desses produtos.
Já para quem cria frango ou outras aves em casa, a recomendação é simples:
* manter as aves em locais fechados, como galinheiros telados, para evitar o contato com eventuais aves migratórias infectadas ou os dejetos delas;
* não entrar em contato direto com aves sabidamente infectadas ou aves mortas de origem desconhecida.