40% dos furtos de energia se concentra em cinco municípios de Goiás

40% de todo o furto de energia no Estado se concentra em cinco municípios em Goiás. De janeiro a outubro de 2023 a Equatorial Goiás inspecionou 173 mil unidades consumidoras, foram comércios, residências e indústrias com suspeitas de fraudes.

A ação recuperou  24 Gigawatt-hora (GWh), energia suficiente para abastecer, por exemplo, todo o município de Caldas Novas por um mês. Segundo a concessionária, Goiânia, Aparecida de Goiânia, Águas Lindas de Goiás, Valparaíso de Goiás e Luziânia são os municípios com mais ocorrências.

A companhia está trabalhando em parceria com as autoridades policiais do Estado e realizando ações de combate ao furto. Destaca-se, que somente em Goiânia e Região Metropolitana foram 44 mil inspeções em unidades consumidoras. Nestes casos, 23 mil apresentaram alguma irregularidade na medição. Foram 136 operações de combate ao furto, que resultaram em 100 prisões.

Apoio no combate ao furto de energia

Os clientes da Equatorial Goiás podem e devem ajudar a companhia no combate às fraudes e furtos de energia por meio de denúncias na Central de Atendimento da companhia – 0800 062 0196. Não é necessário se identificar.

O gerente de serviço técnico comercial da Equatorial Goiás, Pabllo Barbosa afirma que o crime, com pena prevista de reclusão e multa, o furto de energia, popularmente conhecido como “gato”, prejudicam a qualidade do fornecimento de energia, mas também coloca, em risco a segurança da população, podendo causar graves acidentes. “Essa prática ilícita pode resultar em acidentes graves, especialmente quando realizada por pessoas sem a devida capacitação e autorização para intervir na rede elétrica”. 

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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