Press "Enter" to skip to content

75% dos brasileiros são contra atos golpistas e defendem punição

Última atualização 22/12/2022 | 12:18

Uma pesquisa da Datafolha pela ”Folha de S. Paulo” aponta que 75% dos brasileiros são contrários aos atos antidemocráticos de bolsonaristas que não aceitam o resultado da eleição presidencial. A análise foi revelada nesta quarta-feira, 21. 

O instituto pergunto aos entrevistados se eles eram contra ou a favor dos atos realizados por apoiadores do atual presidente Jair Bolsonaro, onde rodovias estão sendo bloqueadas de forma ilegal e pessoas se mantêm acampadas em frente a quartéis pedindo intervenção militar, o que é inconstitucional.

No resultado da pesquisa, 21% se mostraram a favor das manifestações, enquanto 75% foram contra. Já em indiferente foram 3% e os que não souberam responder atingiu a marca de 1%. 

A pesquisa ouviu 2.026 pessoas em 126 municípios brasileiros nos dias 19 e 20 de dezembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. 

Entre os que dizem ter votado em Bolsonaro no segundo turno, 50% são contrários aos atos golpistas. Entre os eleitores de Lula, o índice chega a 96%. 

Na região que soma Centro-Oeste e Norte, o apoio aos atos golpistas atinge o patamar de 29% a favor e 65% contra. No Nordeste, apenas 14% se dizem favoráveis, e 83% são contrários. 

Entre os entrevistados que se declaram católicos, 80% são contrários aos atos, enquanto no grupo dos evangélicos o índice é de 65%. 

Na faixa de renda mais baixa, de quem recebe até dois salários mínimos, 81% são contrários. Entre quem ganha até dez salários, 51%. 

Punição 

De acordo com a pesquisa, 56% dos entrevistados consideram que as pessoas que pedem atos golpistas devem ser punidas, já que desrespeitam a Constituição. Outros 40% avaliam que elas não devem ser punidas, porque têm o direito de se manifestar contra a democracia. 4% não souberam responder. 

Já em relação aos bloqueios de perfis e contas de redes sociais que atacam a democracia, 65% dizem ser contrários. Enquanto 32% dizem ser a favor das medidas tomadas pelo Judiciário. 3% não sabem responder.