Crime na creche em Saudades havia sido planejado há mais de dez meses

De acordo com o comandante do Corpo de Bombeiros de Pinhalzinho – SC, o capitão Leonardo Ecco, o crime na creche em Saudades que matou duas mulheres e três crianças havia sido planejado há mais de dez meses.

Enquanto estava sendo atendido pela equipe, Fabiano questionou um dos bombeiros sobre quantas vítimas teria conseguido atingir e, no caminho ao hospital, já dentro da segunda ambulância, disse aos bombeiros que o ato foi planejado muito antes. “Ele disse para a nossa equipe que estava planejando o ataque há mais de dez meses”, afirmou Leonardo Ecco.

Segundo o promotor de Justiça Douglas Dellazari, que acompanha o caso, ainda é preciso ouvir testemunhas e depoimentos para formalizar essas informações, mas sabe-se que a creche teria sido escolhida por estar, na opinião do agressor, mais vulnerável: “Ele iria atacar, não necessariamente aquela creche, mas considerou que naquele local havia uma situação de maior fragilidade para praticar o crime”. Segundo o capitão, Fabiano foi o último a ser atendido pelas equipes em função da gravidade das demais vítimas.

“No momento em que nossas equipes chegaram, ele estava consciente, inclusive do ato que tinha cometido. Não foi possível avaliar as condições psicológicas ou mesmo se estava sob efeito de medicamentos”, diz.

O juiz da comarca de Pinhalzinho, Caio Lemgruber Taborda, converteu a prisão em flagrante do suspeito Fabiano Kipper Mai em prisão preventiva. Na decisão, o juiz também autorizou a quebra de sigilo de dados, para que a polícia possa fazer a análise de computadores, videogame e pen drive apreendidos na residência do suspeito. Na decisão, o juiz considerou que “a prisão é necessária para garantia da ordem pública em especial porque a autoria delitiva recai sobre o acusado, sendo ele, em tese, responsável pela morte violenta e cruel de 5 (cinco) pessoas.”

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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