Mãe e companheira são presas por agredir crianças em Aparecida

Duas mulheres foram presas em flagrante nesta quinta-feira (17) suspeitas de agressão a um menino de 4 anos e uma adolescente, de 14 anos, em Aparecida de Goiânia. A prisão ocorreu após denúncia ao Conselho Tutelar da região feita pela direção da escola em que a adolescente estuda.

Segundo a delegada de Proteção à Criança e ao Adolescente de Aparecida, Bruna Coelho, a diretora da escola viu lesões causadas pela agressão e acionou o Conselho Tutelar. “Após a denúncia as duas acusadas foram até a escola tirar satisfações com a direção e acabaram sendo presas em flagrante”, diz a delegada.

Bruna Coelho ainda aponta que marcas mais antigas na adolescente mostram que as agressões são recorrentes. As mulheres chegaram a dizer que a garota agredia o irmão, de 4 anos, que tem doença génetica que o deixa fragilizado.

No entanto, as mulheres acabaram confessando as agressões, tanto do garotinho, quanto da adolescente. “Há hematomas, provavelmente feitos com mangueira, e também enforcamentos”, afirma a delegada. As mulheres foram autuadas por lesão corporal e estão na carceragem da DPCA de Aparecida de Goiânia.

As crianças estão sob os cuidados da avó no Entorno do Distrito Federal.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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