O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou, nesta sexta-feira (9), que o Poder Legislativo “não irá admitir qualquer tipo de fala e de ato contrário à democracia”. A manifestação é uma reação aos ataques de Jair Bolsonaro ao sistema eleitoral brasileiro.
.Nesta sexta, o presidente indicou, sem provas, fraudes em eleições presidenciais passadas, como a de 2014. Segundo Pacheco, “todo aquele que pretender algum retrocesso será apontado pelo povo e pela história como inimigo da nação”.
“Tudo que houver de especulações, como a frustração das eleições próximas, é algo com o que o Congresso não concorda e repudia veementemente. Não admitiremos qualquer tipo de retrocesso nesse sentido”, disse.
O senador defendeu que não admitirá, enquanto representante do Parlamento, atos e manifestações antidemocráticas. “É preciso fazer a defesa da preservação absoluta de algo que é inegociável, a preservação do Estado Democrático de Direito. Algo que a geração antes da minha conquistou no Brasil e que a minha geração tem obrigação de manter. Não podemos admitir qualquer tipo de fala e de ato contrário à democracia”, continuou.
Acuado pela CPI da Covid e pela crescente queda na popularidade, o presidente Jair Bolsonaro atacou também o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, que é contrário ao voto impresso. “Um imbecil“, disse Bolsonaro. “Lamento falar isso de uma autoridade do Supremo Tribunal Federal. Um cara desse tinha que estar em casa”, disparou em conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, hoje pela manhã.