Operação Dodge: PCGO prende casal suspeito de operar fraude em todo o Brasil

Segundo informações da Polícia Civil de Goiás, a 8ª Delegacia Distrital de Polícia (DDP) recebeu, no último fia 13,uma notícia-crime. De acordo com a denúncia, uma pessoa havia sido vítima de fraudepor um casal. A fraude consistia no oferecimento de vagas para transferência de estudantes de medicina no exterior para instituições no Brasil, públicas ou privadas.

A dupla criminosa, a fim de trazer aspectos de licitude, informava que se tratavam de vagas remanescentes, ocasião em que exibiam contratos falsos de prestação de serviços educacionais de graduação em medicina celebrados entre autarquias federais de ensino superior e estudantes.

Todavia, esta facilidade custava entre R$ 30 mil a 150 mil, a depender da classe social da vítima. Com os pagamentos feitos, na conta indicada, os autores cessavam os contatos e ameaçavam as vítimas caso houvesse denúncias às autoridades.

Diante dos fatos, houve troca de informações da Polícia Civil de Goiás com as Polícias Civis do Rio de Janeiro, Maranhão, Minas Gerais e Mato Grosso, quando se concluiu que a dupla criminosa pratica este golpe por todo o país. A PCGO então representou judicialmente pela prisão preventiva da dupla à 12ª Vara Criminal de Goiânia, que decretou a prisão, mandados de busca e apreensão e o sequestro de mais de R$ 1 milhão em bens do casal.

A Operação Dodge foi deflagrada na última segunda-feira (26), com apoio da PCERJ, em Campos dos Goytacazes, interior do Rio de Janeiro, onde foram cumpridos os mandados. Veículos de luxo foram apreendidos. Os presos estão custodiados no Rio de Janeiro, à disposição do Poder Judiciário.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp