Dobra número de casos da variante Delta em Goiás

Desde a última nota divulgada oficialmente pelos canais de comunicação da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), o número de casos da variante Delta do novo coronavírus já dobrou.

Se antes Goiás tinha 4 confirmações da cepa, esse número agora saltou para 8, sendo que os últimos três foram confirmados no final de semana e um dos pacientes está internado em estado grave.

Há ainda um caso suspeito em Anápolis, de uma mulher que teve contato com moradores do Distrito Federal, onde há um surto da nova variante. Ela passou por um sequenciamento genético e está isolada em casa, com o marido, enquanto o resultado não é disponibilizado.

Apesar dos novos casos, a SES-GO defende que não há confirmação de transmissão comunitária no estado e nem morte provocada pela Delta. Por outro lado, o secretário Municipal de Aparecida de Goiânia, Alessandro Magalhães, afirmou em entrevista coletiva que a transmissão já existe, uma vez que ainda não conseguiram identificar como a família do município foi contaminada.

Dos pacientes que testaram positivo para a cepa, 4 são de Goiânia, 1 de Santo Antônio do Descoberto e 3 de Aparecida de Goiânia.

A variante Delta

Identificada pela primeira vez na Índia, a variante Delta se espalhou para vários países e causa sintomas específicos, um pouco diferentes dos causados pela cepa original. Febre, tosse contínua e perda de olfato e paladar eram os sinais mais comuns da Covid-19, porém a nova linhagem do vírus tem manifestado mais dores de cabeça, garganta, coriza e febre.

São, conforme especialistas, sintomas de um resfriado leve. E é isso que faz a variante Delta ser tão perigosa porque as pessoas, se infectadas, podem não dar a devida importância e continuar circulando normalmente.

Além de provocar sintomas um pouco diferentes, também há indícios de que a cepa seja muito mais transmissível do que qualquer linhagem do coronavírus.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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