Bolsonaro participa de motociata em Goiânia

O presidente Jair Bolsonaro confirmou na manhã desta sexta-feira (27) que recebeu o convite para participar da motociata, em Goiânia, às 14h30, hoje. O evento é organizado por apoiadores do presidente de diversas cidades do estado, que vão se encontrar em frente ao Comando de Operações Especiais do Exército, no Jardim Guanabara, na capital.

“Ao lado de Deus, da Ordem e do Povo. Hoje estarei em Goiânia em agenda oficial. Às 14h30 motociclistas me convidaram para um passeio. Vão se concentrar em frente ao 42° BIMtz, Jardim Guanabara. TMJ”, publicou o presidente.

Segundo informações do Diário de Goiás, Jair Bolsonaro ficará dois dias em Goiânia, nesta sexta-feira (27) o presidente participa da troca do Comando de Operações Especiais do Exército, no Jardim Guanabara. No sábado (28), tem encontro com lideranças evangélicas da Assembleia de Deus.

Se tornou comum o presidente participar de motociatas aos fins de semana com apoiadores em vários cantos do Brasil numa tentativa de demonstrar sua força. Em São Paulo — de acordo com os militantes bolsonaristas — foi realizada a maior motociata do mundo, cerca de 1 milhão de pessoas teriam participado dessa manifestação com motocicletas em apoio ao presidente da República. O sistema de monitoramento de pedágio da rodovia, contabilizou, no entanto, 6,6 mil motos, número bem inferior ao divulgado pelos apoiadores.

A Prefeitura de Goiânia  destacou a Secretária Municipal de Mobilidade (SMM) e a Guarda Civil Metropolitana (GCM) para acompanhar a comitiva presidencial durante as agendas do presidente Jair Bolsonaro em Goiânia, no fim de semana. A SMM vai disponibilizar nove equipes motorizadas, com 15 agentes, para organizar o trânsito. Outras 25 equipes da GCM darão apoio às forças de segurança pública.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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