Morais determina prisão e buscas contra envolvidos em ameças ao STF

A Polícia Federal cumpre, nesta segunda-feira (06), medidas determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes no âmbito do inquérito que investiga a organização e o financiamento de atos contra as instituições e a democracia.

Entre as medidas determinadas pelo ministro do Supremo, estão: a prisão de envolvidos na organização destes atos, buscas e apreensões em endereços e bloqueio de contas bancárias.

Moraes determinou as seguintes medidas:

  • a prisão preventiva e o bloqueio das redes sociais de Márcio Giovani Niquelatti e Cássio Rodrigues Costa Souza, por ameaças a ministros da Corte;
  • buscas e apreensões em endereços da Associação Nacional dos Produtores de Soja (Aprosoja) e a Aprosoja de Mato Grosso;
  • bloqueio de saques das contas bancárias da Aprosoja e da Aprosoja de Mato Grosso;
  • busca e apreensão em endereços de Gilmar João Alba (PSL), prefeito de Cerro Grande do Sul (RS).

As decisões de Moraes atenderam a solicitações da Procuradoria-Geral da República (PGR). Os pedidos de medidas cautelares foram assinados pela subprocuradora Lindôra Araújo.

Nas decisões sobre as prisões preventivas, Moares apontou que a conduta dos envolvidos constitui “ameaça ilegal à segurança dos ministros” do STF e que possuem o intuito de “impedir o exercício da judicatura” por meio de violência e grave ameaça.

Fonte: G1

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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