Crianças surdas do ensino público de Goiânia contam com interprete de libras

Atualmente, 1.895 estudantes com Necessidades Educacionais Especiais (NEE), estão matriculados na rede publica de ensino, em Goiânia. Entre eles, está Maria Fernanda de 12 anos, aluna da Escola Municipal Itamar Martins Ferreira. A estudante aprendeu a Língua Brasileira de Sinais aos 4 anos e dentro da sala de aula ela é acompanhada pelo professor intérprete de Libras, Leone de Morais.

De acordo com Maria Fernanda, ela sempre teve um interprete na escola e muitos colegas aprenderam Libras para se comunicarem com ela. “Fiz inúmeros amigos ao longo dos anos. Eles, inclusive, aprenderam alguns sinais para se comunicar comigo. Acho esse gesto incrível e isso mostra a importância da inclusão”, conta.

O secretário de Educação de Goiânia, Wellington de Bessa, explica que Além do acompanhamento em sala de aula, os alunos com deficiência recebem Atendimento Educacional Especializado (AEE) no contraturno, onde têm acesso a recursos de acessibilidade que auxiliam no processo de aprendizagem.

“Cada estudante é único e possui suas especificidades. Por isso, a Prefeitura de Goiânia disponibiliza uma rede de apoio para que alunos com deficiência tenham acesso a uma educação pública de qualidade. Promovemos ações pedagógicas e disponibilizamos monitores e intérpretes de Libras aos alunos com necessidades educacionais especiais”, afirma.

 

Atendimento para o EAJA

Além do apoio dentro da sala de aula há outros dois Centros Municipais de Apoio à Inclusão, o Cmai Brasil Di Ramos Caiado e o Cmai Maria Thomé Neto. A SME realiza atendimento especializado no CAE Renascer, no Centro de Orientação, Reabilitação e Assistência ao Encefalopata, além de 35 Salas de Recurso Multifuncionais (SRM) que atendem a faixa etária de 5 anos até a modalidade de Educação de Adolescentes, Jovens e Adultos (Eaja).

A Prefeitura também oferece outros métodos de atendimento especifico para auxiliar na inclusão escolar. Ofertando a modalidade de educação escolar oferecida em Língua Brasileira de Sinais (Libras), como primeira língua, e em português escrito. Assim sendo, o estudante com NEE tem ao redor de si toda uma rede de profissionais empenhados em seu desenvolvimento pedagógico e periodicamente são avaliados. Na RME o AEE é ofertado nas seguintes instituições: 35 (trinta e cinco) Salas de Recurso Multifuncionais (SRM), que atendem a faixa etária de 5 anos até EAJA).

 

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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