Vídeo: Gustavo Mendanha manda guarda civil retirar moradores na porrada em Aparecida

Cerca de 30 famílias que foram despejadas de uma invasão no setor Independência Mansões, em Aparecida de Goiânia, na manhã desta segunda-feira (27) estão tentando reconstruir suas casas que foram destruídas pela prefeitura do município. “É aqui que a gente mora, aqui que a gente vai ficar (…) Estamos emendando lonas, fazendo barracas com pedaços de pau para as crianças dormirem essa noite ”, disse Diones Ferreira dos Santos, de 25 anos, líder das famílias que foram despejadas.

Segundo ele, os moradores que não estavam em casa no momento da desocupação perderam tudo. “A maioria conseguiu tirar suas coisas, mas as pessoas que estavam trabalhando perderam tudo. Eles passaram por cima das camas, panelas e comida. Não deixaram a gente tirar nada”, explicou.

Moradores no momento em que máquinas derrubavam casas/ Foto: reprodução

Ainda de acordo com o líder comunitário, a desocupação que começou por volta das 6 horas da manhã contou com ações violentas da Guarda Civil Metropolitana e da Policia Militar.

“Eles agrediram a gente, bateram com cassetetes. Tem muita gente machucada. Um senhor de mais de 50 anos foi parar no hospital. Eles também bateram em mulheres e crianças. Teve muita violência”, ressaltou.

Dione contou que até os alimentos foram destruídos. Ele também disse que apesar de saber que estão morando em um local proibido, muitos não têm para onde ir.

“A gente mora aqui, não temos lugar de morar. A maioria das pessoas aqui morava de aluguel, mas foram despejadas nessa pandemia. Então é muito difícil”, contou Dione.

Local da invasão com as casas destruídas/Foto: Reprodução

Está é a segunda vez que a área foi desocupada apenas neste mês. No último dia 18, a prefeitura também esteve no local para retirar as famílias. Em nota, a Procuradoria Geral do Município de Aparecida e a secretaria municipal de Planejamento e Regulação Urbana informaram que “evitaram, pela segunda vez neste mês, a ocupação de uma área – parte pública e parte particular – entre os bairros Riviera e Independência Mansões.”

Em nota, a Procuradoria disse que a área pública faz parte da Área de Preservação Ambiental Serra das Areias, e que é proibida a construção no local.

“A Procuradoria Geral do Município de Aparecida e a secretaria municipal de Planejamento e Regulação Urbana comunicam que evitaram, pela segunda vez neste mês, a ocupação de uma área – parte pública e parte particular – entre os bairros Riviera e Independência Mansões.

Os órgãos informam que parte da área pública compõe o zoneamento da Área de Preservação Ambiental Serra das Areias sendo então proibida edificações no local.

A Secretaria de Planejamento informa que no momento da ação, realizada no início desta segunda-feira, 27, haviam apenas estacas determinando a divisão das áreas e algumas barracas de lona, não havendo nenhum morador no local.

Os órgãos informam ainda que a área pública está sendo monitorada desde o início deste mês, afim de evitar a ocupação irregular e consequentemente o desordenamento urbano da cidade.

A Prefeitura esclarece também que as secretarias de Habitação e de Assistência Social estão atuando juntas no cadastramento das famílias que realmente necessitam de uma moradia. Os cadastros realizados pela secretaria de Habitação serão inseridos nos programas habitacionais como Minha Casa Verde, antigo Minha Casa Minha Vida, para que possam participar dos sorteios de moradias populares.”

Já sobre às agressões, a Secretária Municipal de Segurança Pública informou que a ação no local ocorreu de forma “pacifica” e que não houve agressões por parte da Guarda Civil Metropolitana.

“A secretaria Municipal de Segurança Pública informa que a ação ocorreu pacificamente, sem agressões ou truculência da parte dos GCMs e demais agentes que participaram da ação no local. Mas ressalta que a corregedoria da Guarda irá averiguar a denúncia dos invasores.”

Confira os vídeos:

 

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Torcedores jogam cabeça de porco em jogo de Corinthians x Palmeiras

Durante a vitória do Corinthians por 2 a 0 sobre o Palmeiras na Neo Química Arena, em São Paulo, um incidente chocante marcou o jogo. Torcedores do Corinthians lançaram uma cabeça de porco no campo, gerando grande controvérsia e indignação.

Segundo testemunhas, o incidente ocorreu começou antes do início do jogo, quando a cabeça de porco foi arremessada por um homem em uma sacola por cima das grandes do setor sul.

A Polícia Civil solicitou ao Corinthians o acesso às imagens da câmera de segurança para identificar todos os responsáveis pelo ato. Dois torcedores foram levados ao Juizado Especial Criminal (Jecrim) e, após depoimentos, foi proposto uma transação penal no valor de R$ 4 mil ao Ministério Público, mas eles não aceitaram e negaram ter participado do ato.

Um dos suspeitos da provocação foi identificado como Rafael Modilhane, que teria comprado e arquitetado o ataque ao time rival. Um vídeo compartilhado nas redes sociais mostra que o torcedor comprou o item em um açougue e mencionou o plano para jogar a cabeça no gramado.

“Sabe aquela cabeça de porco que postei mais cedo? Vocês vão ver o que vai acontecer com ela. A gente é louco mesmo. Se for para mexer com o psicológico de vocês [jogadores], nós vamos mexer.”, afirmou Modilhane.

Confira o vídeo:

Pelo artigo 201 da nova Lei Geral do Esporte, os torcedores envolvidos podem responder por “promover tumulto, praticar, incitar a violência e invadir local restrito aos competidores, com possível penas de até seis meses de prisão ou multa”. Cabe agora a decisão do Ministério Público se a denúncia será realizada ou voltará ao Drade para novas investigações.

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