“Foi uma ação desumana e ilegal durante a pandemia” deputada Adriana Accorsi sobre despejo da Prefeitura de Aparecida

Desde cedo, quando foi informada da desocupação violenta das 56 famílias em Aparecida de Goiânia, a Deputada Delegada Adriana Accorsi enviou sua assessoria para prestar o auxílio necessário para as famílias.
Ela repudiou a ação da Prefeitura de Aparecida de Goiânia. “A retirada das famílias da Ocupação Beira-Mar, no bairro Independência Mansões, vai contra a recomendação do CNJ, do STF, da Defensoria Pública, no mesmo dia em que a Câmara Federal derrubou o veto de Bolsonaro contra o PL do Despejo Zero, de autoria da deputada Natália Bonavides (PT/RN)”.

Adriana Accorsi é autora do Projeto de Lei do despejo zero em Goiás durante a pandemia e está atenta às ameaças de desalojar famílias neste momento em todo o Estado.

As 56 famílias foram vítimas de dupla violência política e jurídica, em uma área privada e sem notificação prévia. As famílias perderam sua moradia em meio à essa crise sanitária e econômica. A Secretaria de Habitação de Aparecida estava em um processo de diálogo com essas famílias e já havia feito o cadastro de cerca de 37 delas de acordo com critérios estabelecidos pelo órgão para uma possibilidade de aluguel social. A Secretaria de Regulação Urbana e a Prefeitura realizou o despejo sem mandado judicial ou ordem administrativa, de forma truculenta.

“Famílias inteiras, incluindo crianças, são despejadas em escolas e ginásios. É por uma questão humanitária que defendo a suspensão dos despejos. É uma ação desumana e ilegal durante a pandemia”.

Vídeo do despejo:

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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