Despejados de invasão em Aparecida pedem ajuda da população para se alimentar

Despejados pela segunda vez em menos de 10 dias, moradores da invasão no Setor Independência Mansões, em Aparecida de Goiânia, estão sem recursos para reconstruir novas barracas e se alimentam de doações recebidas da população.

Na última segunda-feira (27), equipes da prefeitura de Aparecida de Goiânia despejaram as mais de 30 famílias, que por falta de recursos habitavam a região. Segundo o líder comunitário, Diones Ferreira dos Santos, de 25 anos, eles agora tentam reconstruir seus lares com o pouco que restou nos entulhos:

“Nós estamos desenterrando pedaços de lona, de pau para construir as barracas. Essa noite, dormiu duas ou três famílias em cada barraca, em uma chegou a dormir seis famílias”, contou o líder comunitário.

Barracos foram queimados e destruídos / Foto: DE

Apesar disso, o líder comunitário ressalta que a maior necessidade no momento é de alimentos, principalmente leite para as crianças, que também foram destruídos durante o despejo. “Nós estamos precisando muito de alimentos pra crianças, leite, fraudas. Nos perdemos tudo, o que for de doação é bem-vindo”, disse. Ele também contou para nossa equipe, que o jantar da noite de ontem só foi possível por terem ganhado uma cesta básica.  “Nós jantamos um macarrão com sardinha, que veio na cesta que ganhamos ontem à tarde”, ressaltou.

Famílias pedem ajuda / Foto: DE

Relembre o caso

Na manhã de segunda-feira (27) cerca de 30 famílias que foram despejadas de uma invasão no Setor Independência Mansões, em Aparecida de Goiânia. Está é a segunda vez que a área foi desocupada. No último dia 18, a prefeitura também esteve no local para retirar as famílias. Em nota, a Procuradoria Geral do Município de Aparecida e a secretaria municipal de Planejamento e Regulação Urbana informaram que “evitaram, pela segunda vez neste mês, a ocupação de uma área – parte pública e parte particular – entre os bairros Riviera e Independência Mansões.”

A despejo contou com ações violentas da Guarda Civil Metropolitana e da Policia Militar que deixou moradores machucados. “Eles agrediram a gente, bateram com cassetetes. Tem muita gente machucada. Um senhor de mais de 50 anos foi parar no hospital. Eles também bateram em mulheres e crianças. Teve muita violência”, contou Diones.

Ainda segundo o líder comunitário, os moradores que não estavam em casa no momento da desocupação perderam tudo. “Eles passaram por cima das camas, panelas e comida. Não deixaram a gente tirar nada”, explicou.

Mesmo com o segundo despejo, os moradores não deixaram a área. “É aqui que a gente mora, aqui que a gente vai ficar. Muitos de nós foram moravam de aluguel, mas foram despejados nesta pandemia. A gente não tem para onde ir”, ressaltou ele.

Segundo a nota da Procuradoria Geral do Município de Aparecida, parte da área pública compõe o zoneamento da Área de Preservação Ambiental Serra das Areias sendo então proibida edificações no local. De acordo com a Secretaria de Planejamento no momento da ação realizada na manhã de segunda-feira (27) haviam apenas estacas determinando a divisão das áreas e algumas barracas de lona, não havendo nenhum morador no local.

Em relação às agressões, a Secretaria Municipal de Segurança Pública informou que “a ação ocorreu pacificamente, sem agressões ou truculência da parte dos GCMs e demais agentes que participaram da ação no local. Mas ressalta que a corregedoria da Guarda irá averiguar a denúncia dos invasores.”

Assista o vídeo das agressões: 

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Black Friday 2024: Dicas e precauções para compras seguras e econômicas

A Black Friday, um dos maiores eventos do calendário varejista, ocorrerá no dia 29 de novembro de 2024, mas as promoções já começaram a ser realizadas ao longo do mês. Em Goiânia, um levantamento da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) indica que este período deve movimentar R$ 250 milhões, com 64% dos entrevistados planejando aproveitar as ofertas.
 
Para evitar a prática conhecida como metade do dobro, quando comerciantes elevam consideravelmente os preços dos produtos antes da data e depois reduzem os valores, ludibriando a população, o Procon Goiás realiza um trabalho prévio de monitoramento de preços. A Lei Estadual 19.607/2017 também obriga os fornecedores a informar o histórico dos preços dos últimos 12 meses. De acordo com o superintendente do órgão, Marco Palmerston, “para evitar as falsas promoções, é preciso se programar com antecedência e pesquisar os preços”.
 
Uma dica valiosa é fazer uma lista do que realmente se pretende comprar e estipular um orçamento. Entrar em uma loja ou site durante a Black Friday é um apelo ao consumo, por isso é crucial ter cuidado. Além disso, é permitido que estabelecimentos pratiquem preços diferentes entre lojas físicas e online, justificada pelos custos operacionais distintos, como aluguel e salários, que impactam os preços nas lojas convencionais. No entanto, a transparência é essencial, e as informações sobre preços devem ser claras e acessíveis ao consumidor.
 
Durante a Black Friday, o volume de compras feitas pela internet aumenta significativamente. Por isso, é importante ter atenção redobrada. Sempre verifique a autenticidade da loja antes de inserir dados pessoais ou financeiros. Um dos primeiros passos é conferir se o site possui o ícone de cadeado ao lado da URL e o prefixo https, que garantem uma conexão segura. Outra orientação é checar a reputação da loja em sites como o Reclame Aqui ou em grupos de consumidores em redes sociais, onde os clientes costumam compartilhar experiências de compra.
 
Ao optar pelo PIX, confira os dados do destinatário e se a negociação envolve um CNPJ. O Código de Defesa do Consumidor garante ao comprador o direito de devolução por arrependimento em até 7 dias para compras online. No caso de produtos com defeito, estabelece prazos para reclamações: 30 dias para produtos ou serviços não duráveis e 90 dias para os duráveis, contados a partir da entrega ou conclusão do serviço. Além disso, evite clicar em anúncios enviados por e-mail ou mensagens de redes sociais que pareçam suspeitos, e sempre acesse os sites digitando o endereço diretamente no navegador, ao invés de seguir links desconhecidos.

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