Pix: Entra em vigor nova regra que limita transferências realizadas à noite

Com muitos acessos, local no site do Banco Central para consultar e solicitar valores esquecidos em bancos, trava

Segundo dados do Banco Central (BC), o Pix já conta com mais de 300 milhões de chaves cadastradas, entre pessoas físicas e jurídicas. O número de usuários do Pix é extremamente relevante, chegando a mais 109 milhões. Com essa grande adesão do serviço, muitos clientes foram vítimas de fraudes e golpes, motivando o Banco Central (BC), a criar novas medidas de segurança do sistema.

Medida como o limite de transferências de R$1 mil das 20h às 6h para pessoas físicas, entra em vigor hoje (04).

Procon Goiás

Por conta da grande quantidade de usuários e golpes, projetos de leis e ações cíveis públicas solicitam a interrupção do sistema. “O PIX já se mostrou um sistema seguro e que caiu no gosto popular, o que torna inviável a suspensão do programa”, é o que aponta o superintendente do Procon Goiás, Alex Augusto Vaz.

“As iniciativas apontadas pelo BC demonstram uma preocupação em garantir a segurança dessas movimentações. Esse posicionamento adotado pelo Banco Central deve intimidar a ação dos golpistas”, acrescenta Alex Augusto Vaz.

“Hoje, já existe um posicionamento por parte do Judiciário que considera os bancos solidários quanto à responsabilidade com a segurança dessas movimentações. Deste modo, torna-se mais fácil o ressarcimento das perdas ocasionadas pela ação de golpistas”, finaliza o superintendente.

Novas Iniciativas do Banco Central 

Outras iniciativas entram em vigor no dia 16 de novembro. Entre elas, está o bloqueio cautelar do serviço realizado pelas prestadoras do serviço (financeiras e bancos). A medida suspenderá por 72 horas as transações de usuários em caso de suspeita de fraude.

O banco deve informar o usuário previamente, sempre que a operação for necessária. A ação faz parte dos mecanismos de segurança usados pelo sistema, mas cabiam às financeiras a decisão de notificar ou não a possível vítima do golpe.

Verifique abaixo como será a aplicação das novas medidas:

  • Notificação de infração: deixará de ser facultativa e passará a ser obrigatória, o que permite que os bancos registrem uma sinalização na chave PIX, no CPF/CNPJ do usuário ou no número da conta quando há “fundada suspeita de fraude”. Essas informações serão compartilhadas com as demais instituições financeiras para aumentar os mecanismos de prevenção a fraudes;
  • Ampliação do uso de informações para fins de prevenção à fraude: permitirá a consulta de informações vinculadas às chaves PIX. Ou seja, as informações de notificação de fraudes serão disponibilizadas para todos os participantes do PIX, que poderão utilizar essas informações em seus processos;
  • Mecanismos adicionais para proteção dos dados: tem como finalidade a padronização dos sistemas adotados pelos bancos que deverão ser, no mínimo, iguais aos mecanismos implantados pelo BC. Os bancos também terão de definir procedimentos de identificação e de tratamento de casos em que ocorram excessivas consultas de chaves PIX.

Atenção!

Mesmo com as novas medidas, é importante que o consumidor continue atento quanto às movimentações realizadas. Caso perceba alguma transação suspeita, a vítima deverá entrar em contato imediatamente com o seu banco e com os órgãos de defesa do consumidor.

“Hoje, já existe um posicionamento por parte do Judiciário que considera os bancos solidários quanto à responsabilidade com a segurança dessas movimentações. Deste modo, torna-se mais fácil o ressarcimento das perdas ocasionadas pela ação de golpistas”, finaliza o superintendente.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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