Paralisação de médicos em Anápolis já atinge unidades de saúde

Médicos de Anápolis iniciaram uma greve nesta sexta-feira (15). De acordo com o Sindicato dos Médicos de Anápolis (Simea) a paralisação é pela falta de interesse da prefeitura de atender as reivindicações apresentadas.

“As principais reivindicações são salários dignos, condições adequadas de atendimento, manutenção preventiva dos equipamentos medicos, fornecimento de insumos e medicações de qualidade, concurso público (enquanto isso contratos pelo menos com os direitos básicos) e abertura de uma canal de comunicação com a entidade”, afirma o presidente do Simea, Márcio Henrique

De acordo com a Prefeitura de Anápolis, foi aberto um diálogo com a entidade representativa para apresentar as queixas da classe. “Vamos tomar todas as medidas cabíveis para impedir qualquer paralisação na área da saúde e garantir ao cidadão o seu direito de ser assistido”, afirmou o prefeito Roberto Naves em postagem no Instagram, durante a madrugada. “É inconcebível, irresponsável e totalmente fora de contexto um movimento grevista neste momento”, pontuou.

Marcio afirmou que desde o primeiro mandato do prefeito as reivindicações são as mesmas. “Importante lembrar o que no seu primeiro mandato quando colocou uma gratificação para o plantonista, devido uma insatisfação da classe, esse ano foi suspensa em uma canetada”.

O presidente também destaca que o último reajuste salarial foi há quatro anos. “Se não me engano há 4 anos teve o reajuste (concurso) . O Posto de Saúde da Familia (PSF) ficou 7 anos sem aumento. E quando teve aumento especificamente da atenção básica, foi para colocar um credenciamento que praticante instituiu a figura do ‘médico diarista'”.

Em nota, o Simep afirmou que o atendimento nas Unidades Básicas e Especializadas, de urgência e emergência, continua. “Os profissionais médicos cumprirão o horário de trabalho, registrando a jornada de trabalho, mas sem atendimento eletivo”, afirma a nota.

Segundo uma funcionária da saúde da cidade, que não quis se identificar, os médicos estão nos postos de saúde mas não estão atendendo, apenas passando receita.

“A secretaria de saúde não quer qualidade, querem quantidade”, afirma a funcionária. “Eles não dão nem três minutos para o médico atender o paciente. Então a greve é por isso. Eles precisam agendar a consulta, passar para o sistema e atender uma certa quantidade pessoas. Não estão conseguindo atender toda demanda no período (3 minutos por paciente).”

Atendimento

O atendimento de urgência e emergência segue funcionando normalmente, com casos de outra natureza direcionados às Unidades Básicas de Saúde (UBS). Além disso, médicos atuantes no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) continuam trabalhando normalmente.

De acordo com os grevistas, mesmo com a paralisação também há garantia de atendimentos que incluam prescrição de medicamentos de uso contínuo e controlado nas unidades.

Atendimentos eletivos, no entanto, estão suspensos até determinação do fim da greve.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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