Ginecologista de Anápolis é denunciado por crimes sexuais

Menos de um mês depois de ser preso por suspeita de abuso sexual contra pacientes, o ginecologista passa a ser acusado formalmente por crimes sexuais. O Ministério Público de Goiás (MPGO) ofereceu duas denúncias contra o médico nesta segunda (25). Ele, que já está preso preventivamente, tem dois mandados de prisão preventiva expedido pelos juízos das comarcas de Anápolis e de Abadiânia.

Ao todo, a denúncia está embasada em seis vítimas – três em Anápolis e três em Abadiânia, mas podem haver outras. No pedido do MPGO, consta que existem outros inquéritos policiais em andamento cujas denúncias serão oferecidas posteriormente. De acordo com os promotores de Justiça, os relatos de mais de 50 vítimas ouvidas em Anápolis guardam grande similaridade entre si e com o de mulheres vítimas em outros Estados.

Nicodemos se valia da autoridade de médico e da relação de confiança que as pacientes lhe depositavam como profissional de saúde para fazer com que as pacientes acreditassem que as ações praticadas por ele estavam corretas.

Ele contava também com a situação das vítimas para a prática de crimes sexuais. De acordo com o Ministério Público, as pacientes apresentavam enfermidades físicas e psicológicas e estavam fragilizadas e vulneráveis, o que as impedia de entender que estavam sendo abusadas.

O modus operandi era sempre o mesmo. Para os promotores, ele encontrou “campo seguro para buscar a constante satisfação de seus intentos, mediante a subjugação da dignidade sexual de mulheres que o procuravam para consultas e exames ginecológicos, perpetuando suas ações no compulsório silêncio das vítimas, ancorado, também, num ambiente fechado, com portas trancadas, no qual ficava a sós com a vítima”.

Relembre o caso

O ginecologista e obstetra Nicodemos Júnior Estanislau Morais, de 41 anos, é investigado na Operação Sex Fraud por estupro de vulnerável, importunação sexual e violação sexual mediante fraude. Nicodemos foi preso pela polícia, suspeito de abusar sexualmente de várias pacientes, no dia 29 de setembro. Ele foi abordado em um dos consultórios em que atendia em Anápolis.

Em entrevista concedida à imprensa,  o médico negou que tinha abusado das pacientes e disse que os toques realizados durante a consulta e considerados inapropriados pelas pacientes, faziam parte do atendimento médico.

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Taxa de desemprego entre mulheres foi 45,3% maior que entre homens

A taxa de desemprego entre as mulheres ficou em 7,7% no terceiro trimestre deste ano, acima da média (6,4%) e do índice observado entre os homens (5,3%). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o IBGE, o índice de desemprego das mulheres foi 45,3% maior que o dos homens no terceiro trimestre do ano. O instituto destaca que a diferença já foi bem maior, chegando a 69,4% no primeiro trimestre de 2012. No início da pandemia (segundo trimestre de 2020), a diferença atingiu o menor patamar (27%).

No segundo trimestre deste ano, as taxas eram de 8,6% para as mulheres, 5,6% para os homens e 6,9% para a média. O rendimento dos homens (R$ 3.459) foi 28,3% superior ao das mulheres (R$ 2.697) no terceiro trimestre deste ano.

A taxa de desemprego entre pretos e pardos superou a dos brancos, de acordo com a pesquisa. A taxa para a população preta ficou em 7,6% e para a parda, 7,3%. Entre os brancos, o desemprego ficou em apenas 5%.

Na comparação com o trimestre anterior, houve queda nas três cores/raças, já que naquele período, as taxas eram de 8,5% para os pretos, 7,8% para os pardos e 5,5% para os brancos.

A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (10,8%) foi maior do que as dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 7,2%, mais do que o dobro da verificada para o nível superior completo (3,2%).

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