Vereador que ameaçou dar “cintada no lombo de colega” é denunciado

Geverson Abel denunciou o vereador Sargento Novandir ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar pelas ameaças sofridas durante sessão

O vereador Geverson Abel (Avante) protocolou representação contra o vereador Sargento Novandir (Republicanos) no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal de Goiânia. A denúncia é referente as ofensas e a ameaça de agressão com cintada pelo policial.

Na representação, Abel pediu que o Sargento Novandir pudesse ser condenado com penalidades “mais gravosas”. No estatuto da Casa, está previsto a falta ética nas situações de desacato ou prática de ofensas físicas e/ou morais contra qualquer cidadão ou grupo de pessoas que assistam as sessões da Câmara.

A decisão de instauração de processo disciplinar é deliberado pelos membros que formam o Conselho, composto pelos vereadores Anselmo Pereira, Clécio Alves, Henrique Alves, Juarez Lopes, Sabrina Garcez, Sandes Júnior e Willian Veloso.

Ameaça de cintada no lombo de vereador

O caso aconteceu na sessão plenária do dia 20 de outubro. Na ocasião, Novandir acusa Geverson Abel de ter articulado com outros vereadores para que um projeto fosse derrubado na Comissão de Constituição e Justiça. Na tribuna, o Sargento tira o cinto da cintura, o bate na mesa e diz:

“Quando a gente pega moleque covarde na rua e o pai e a mãe educa, queria te educar com cintada no seu lombo. Infelizmente, não posso fazer isso. Mas o senhor merecia isso vereador. Porque essas 320 famílias vão lembrar do senhor, não vão esquecer o prejuízo que o senhor deu a essas crianças. E continua trabalhando dessa forma, porque como eu falei para você, talvez tenha sucesso aqui na terra, mas vai queimar no fogo do inferno”, ameaçou Novandir.

O Diário do Estado tentou contato com o vereador Sargento Novandir, mas até o fechamento dessa matéria, não houve retorno. O espaço permanece aberto para manifestação.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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